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Bill Gates afirma que ser bilionário não é tudo isso

Segundo mais rico do mundo na lista da revista ‘Forbes’ diz a estudantes americanos que não existe muita diferença entre ter milhões e ter bilhões

Por Agências Internacionais
Atualização:

Em uma conversa com estudantes da Universidade de Washington na tarde de quinta-feira, Bill Gates, cofundador da Microsoft e segundo mais rico do mundo, tentou convencê-los de que não vale a pena alimentar a ambição de se tornar bilionário.

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Depois de uma palestra, uma aluna pediu um conselho sobre como poderia se tornar rica como ele. "Posso entender que se queira ter milhões de dólares", disse Gates, segundo o site GeekWire. "Há uma certa liberdade, liberdade significativa, que vem com isso. Mas, uma vez que se ultrapassa isso, tenho de dizer, é o mesmo hambúrguer. O Dick’s (lanchonete de Seattle) não aumentou seu preço o suficiente. Mas ser ambicioso é bom. Você só precisa escolher o que gosta de fazer." A fortuna de Gates está em US$ 56 bilhões, segundo a revista Forbes. Em apresentação ao Departamento de Ciência da Computação e Engenharia da Universidade de Washington, ele falou de temas que o interessam hoje, como educação e formas de ajudar pessoas pobres. Desde 2008, ele deixou de trabalhar na Microsoft para se dedicar à Fundação Bill & Melinda Gates, doando boa parte de sua fortuna à filantropia.

"Não comecei com o sonho de ser super-rico", afirmou Gates, que completou 56 anos ontem. "Mesmo depois de começar a Microsoft, eu olhava para os caras que comandavam a Intel e pensava: uau, deve ser estranho (ser rico). É um pouco estranho."

Desigualdade. Outro estudante perguntou sobre o problema da desigualdade no mundo. "O mundo como um todo está menos desigual hoje que em qualquer outro momento da história", disse. "O total de pessoas em pobreza abjeta, como porcentagem, está no menor nível de todos os tempos. A inovação implica que esse número continuará a cair. Eu acho que, na maioria dos problemas, o tempo está do nosso lado."

Na visão de Gates, o problema não é a existência de grandes fortunas, mas a falta de mobilidade social. "Não é bom ter uma sociedade em que não existe mobilidade entre os diferentes níveis de renda. A educação precisa ser boa o bastante para permitir um movimento entre eles. Talvez seja por interesse próprio, mas não diria que isso acontece porque algumas pessoas são muito ricas, acho que é porque que estamos fazendo um trabalho bom o suficiente em educação."

Gates defendeu a atitude dele e do investidor Warren Buffett, terceiro homem mais rico do mundo, de doar grande parte de suas fortunas. "Acho que os ricos deveriam doar seu dinheiro mais do que doam", explicou. "Warren é a única pessoa que tem um imposto que recebeu seu nome. Você pode estar muito frustrado com o sistema político, eu certamente estou. Não acho que acabar com a riqueza resolverá os problemas. Nós precisamos consertar o sistema educacional, reduzir os custos da saúde, e a sociedade será mais igualitária."

A fortuna de Gates vem caindo nos últimos anos, principalmente por causa das doações feitas pelo executivo. Em 1999, ele chegou a ter US$ 101 bilhões.

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