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Black Friday registra recorde online

Sexta-feira de promoções teve 5,7 milhões de transações na web, segundo a Braspag; pelo mundo, consumidores otimistas e confusões

Por Mariana Congo
Atualização:
Casas Bahia da praça Ramos de Azevedo, em São Paulo, abriu as portas às 6h30 e já havia fila desde as 5:30 Foto: Hélvio Romero/Estadão

Na virada da quinta para a sexta-feira, um incomum pico de vendas no comércio online indicava que a Black Friday havia começado. Foram 231 mil vendas na primeira hora desta sexta-feira - número sete vezes maior que uma meia-noite comum. Ao longo do dia, as 5,7 milhões de transações registradas indicavam novo recorde para o comércio eletrônico. Os dados são de estimativas da Braspag, empresa de soluções de pagamento online do grupo Cielo. “O volume de vendas foi expressivamente maior, isso mostra um amadurecimento do mercado e dos consumidores”, afirma o presidente da Braspag, Gastão Mattos.

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Não só no comércio online, a sexta-feira de descontos atraiu para lojas de rua e shopping consumidores em busca de ofertas. As empresas investiram mais em ações de marketing nesta edição da Black Friday, o que contribuiu para a popularização da data no Brasil, avalia o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomércio de São Paulo e diretor da E-bit, Pedro Guasti. “Com a adesão das lojas físicas à Black Friday, a publicidade foi intensificada, mas as facilidades do e-commerce atraem os clientes para as compras online”, explica Guasti.

Um levantamento parcial da E-bit, empresa especializada em informações sobre o comércio eletrônico, mostra um volume de R$ 638 milhões em vendas online até o fim da tarde de Black Friday. Considerando as mesmas horas de 2013, o montante é 56% maior. Equipamentos eletrônicos como celulares e televisores foram os mais vendidos, com gasto médio de R$ 600 por consumidor. A avaliação geral do mercado é de que os consumidores passaram a esperar a Black Friday para fazer compras e antecipar gastos do Natal, o que explica uma queda das vendas online nos dias que antecedem a sexta-feira negra. Para o comércio de lojas físicas, ainda não foram divulgadas estimativas de vendas.

Reclamações. O Procon-SP fez um plantão especial para atender aos consumidores. Foram mais de 700 reclamações até o início da noite. Problemas como produto indisponível, site com instabilidade e mudança de preço na hora de fechar a compra responderam por 78% das demandas. Na internet, o portal Reclame Aqui recebeu mais de 5 mil queixas de consumidores e os temas se repetiram.

Estados Unidos. Nem neve nem chuva impediram os consumidores norte-americanos de enfrentarem longas horas de filas - e disputas - para aproveitar os descontos da Black Friday. A recuperação econômica dos Estados Unidos e o preço cada vez mais baixo da gasolina têm inflado a confiança no consumidor.

O grupo que representa a indústria estadunidense, a Federação Nacional dos Varejistas, prevê que as vendas em novembro e dezembro cresçam 4,1% (excluído o comércio de automóveis, gasolina e restaurantes) na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Em dois meses, são US$ 617 bilhões injetados na economia. O número mostra um ritmo de crescimento mais rápido do comércio na comparação com 2013, quando as vendas registraram ganho de 3,1%.

Confusões. No Reino Unido, a sexta-feira de ofertas foi marcada por brigas e confusões em todo o país. A falta de preparo das equipes de segurança das lojas foi citada por autoridades britânicas como um problema. Há o caso de 200 clientes que se recusaram a deixar uma loja no norte da Inglaterra, mesmo depois de todos os produtos em promoção terem acabado./COLABOROU LUANA ASSIS, ESPECIAL PARA O ‘ESTADO’

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