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Bradesco, Santander e BTG Pactual entram em novo empréstimo a distribuidoras, diz fonte

"Já temos o OK do Bradesco e do Santander para a operação", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato

Por LUCIANA OTONI
Atualização:
Em abril, a CCEE tomou 11,2 bilhões de reais com 10 bancos para repassar às distribuidoras Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão

Bradesco, Santander Brasil e BTG Pactual concordaram em participar do novo empréstimo de 6,5 bilhões de reais às distribuidoras de energia, disse à Reuters uma fonte do governo a par do assunto nesta quarta-feira.

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"Já temos o OK do Bradesco e do Santander para a operação", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato, e afirmando que o BTG também está garantido no negócio. A participação de outros bancos privados não está garantida.

Segundo a fonte, as garantias da operação devem ser similares às do primeiro empréstimo fechado para socorrer as distribuidoras mais cedo neste ano, de 11,2 bilhões de reais, ou seja do Tesouro Nacional.

A taxa de juros está sendo negociada, mas deve ser um pouco superior à de CDI mais 1,9 por cento ao ano que referenciou o empréstimo anterior.

Nesta tarde, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse a jornalistas que não há nenhuma participação do órgão no novo empréstimo.

No novo socorro às distribuidoras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entrará com 3 bilhões de reais, enquanto os 3,5 bilhões de reais restantes virão de bancos privados, disse a fonte.

O governo negocia ainda a inclusão do Itaú Unibanco no grupo de bancos e a expectativa é que a estruturação do novo empréstimo seja concluída até a primeira metade de agosto, acrescentou a fonte.

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O socorro às distribuidoras é resultado do acionamento de térmicas, que têm custo maior de geração, diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas neste ano. Para atender à demanda, as distribuidoras têm que comprar energia no mercado de curto prazo, cujo preço disparou devido à estiagem.

Em abril, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) tomou 11,2 bilhões de reais com 10 bancos para repassar às distribuidoras, cujo caixa foi afetado pela compra de energia no mercado de curto prazo.

Porém, o dinheiro do primeiro empréstimo, que não teve a participação do BNDES, terminou em junho, quando foram liquidados contratos de curto prazo de abril.

Sem a definição do novo empréstimo, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou até 28 de agosto o prazo para liquidar despesas das distribuidoras com operações de maio do mercado de curto prazo não cobertas pela tarifa.

Segundo a fonte, o novo aporte ao setor está sendo costurado com a condição de que as distribuidoras de energia não peçam um novo empréstimo "nem neste ano nem em 2015".

Procurados, Santander, Bradesco e BTG não puderam comentar as informações de imediato.

(Reportagem adicional de Aluísio Alves, em São Paulo)

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