CARACAS - Depois de um encontro com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, nesta sexta-feira, 2, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os dois países estudam formas de integrar as cadeias produtivas e fortalecer os respectivos mercados para enfrentar a crise econômica pelos próximos 10 anos. "Nós definimos que é necessário, diante da crise que afeta Europa e Estados Unidos, um fortalecimento do Mercosul e de toda a região da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). E também pelo fato de que temos interesse em ampliar a integração produtiva Brasil-Argentina", disse a presidente. "Nós queremos, sobretudo, construir cadeias que sejam complementares, que possam estreitar mais ainda essas relações econômicas na região. Não falo em blindar Brasil e Argentina nessa próxima década, que tem indícios de ser uma década de baixo crescimento, mas em fortalecer. Eu não vou dizer que é uma década de alta estagnação, mas de baixo crescimento, sem dúvida", afirmou Dilma. A presidente brasileira ainda teve um encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales, em que foi tratada especialmente a possibilidade do Brasil cooperar com o país vizinho na implantação de usinas termelétricas emergenciais de uso combinado, a gás e diesel. De acordo com a presidente, a Bolívia cresceu muito e hoje tem um fornecimento "muito apertado" de energia.