O Grupo BTG Pactual planeja cortes de até 25% de sua equipe sediada no Brasil, segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto. A medida é parte do esforço para adaptar seu quadro de pessoal ao novo tamanho do banco, após a venda de ativos disparada com a prisão em novembro do fundador do grupo, André Esteves.
Segundo a fonte, que pediu anonimato por causa da sensibilidade do assunto, o BTG Pactual tem cerca de 1,5 mil funcionários baseados em São Paulo, Rio e outras cidades no País. O anúncio dos cortes deve ocorrer hoje. O BTG Pactual se recusou a comentar.
A expectativa é que os cortes atinjam todas as áreas, incluindo atividades principais como banco de investimentos, tesouraria e gestão financeira. O BTG Pactual, excluindo a unidade de private baking BSI Group, baseada na Suíça, tinha cerca de 3,3 mil empregados ao fim de dezembro. Alguns funcionários já foram alertados sobre suas demissões no início da semana, disse a fonte.
O maior banco de investimentos independente da América Latina começou a venda de ativos e a desmontar operações depois que Esteves foi preso em 25 de novembro por supostamente obstruir investigações na operação Lava Jato. Seis associados, ou executivos que detêm menos de 0,22% de participação no banco, serão cortados como parte do plano de reduções.