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Café deixa de ser commodity e vira cosmético

Há três anos no mercado, linha de loções à base do grão, batizada de Kapeh, já conta com mais de 200 pontos de venda em 16 Estados e ensaia os primeiros passos no mercado europeu 

Foto do author Bianca Lima
Por Bianca Lima
Atualização:

Nascida em uma família de cafeicultores da tradicional região do sul de Minas Gerais e formada em bioquímica, Vanessa Vilela Araújo decidiu unir o conhecimento familiar ao acadêmico para criar uma linha de cosméticos à base de extratos de café. O experimento deu certo e a Kapeh, após três anos no mercado, começa a trilhar um caminho de lucros crescentes e reconhecimento. Em 2009, a marca teve um ganho de R$ 340 mil e prevê alcançar a cifra de R$ 1,2 milhão já em 2010.

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"Desde muito jovem eu sou apaixonada por cosméticos e sempre tive como meta pessoal ter minha própria empresa neste segmento", afirma Vanessa em entrevista ao Economia & Negócios (abaixo, assista aos vídeos com a íntegra da conversa, realizada durante a feira Espaço Café Brasil, em São Paulo).

Em abril, a mineira de apenas 32 anos representou o Brasil, em Genebra, na final do prêmio Mulher Empreendedora, conferido pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Comércio (Unctad). A empresária não chegou ao pódio, mas a simples indicação rendeu exposição na mídia e novos negócios. Agora, em parceria com a sócia e também farmacêutica Denise Mesquita, ela se prepara para fortalecer a marca no Brasil e partir para o mundo.

No mercado externo, o foco por enquanto é a Europa. Desde 2008, a empresa exporta para Portugal e Holanda e já conseguiu registrar a marca nos 27 países da União Europeia. "Desde que foi lançada, em 2007, a kapeh tem muita procura para exportação, pelo fato de o café ser um produto característico do Brasil. Há interesse também de países do Oriente Médio e África, além dos Estados Unidos", afirma Vanessa.

No cenário interno, a meta para este ano é levar a marca a todos os Estados do País e estruturar a representação comercial. Atualmente, a comercialização é feita via varejo, com os produtos vendidos em drogarias, farmácias de manipulação, clínicas de estética e até cafeterias. Ao todo, são mais de 200 pontos de venda em 16 Estados. Para o futuro, a empresária não descarta a entrada no mercado de franquias e garante que já há demanda para isso. "O Brasil é o terceiro maior país em consumo de cosméticos e só fica atrás dos Estados Unidos e do Japão", destaca a empresária.

Parte 1 - 'O café é a menina dos olhos da indústria cosmética', diz Vanessa Araújo

 

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Parte 2 - 'Brasil é o terceiro maior país em consumo de cosméticos', diz Vanessa Araújo

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