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CCR vai usar caixa próprio para pagar por linhas de metrô de SP

Empresa arrematou linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo por R$ 553,9 milhões

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Por Redação
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A CCR pretende usar recursos próprios para pagar a outorga de R$ 553,9 milhões das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo e manifesta interesse por novas concessões do governo paulista na área, afirmou nesta sexta-feira, 19, o presidente da divisão de mobilidade urbana da companhia, Leonardo Vianna.

+ CCR arremata a concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de SP

“Nosso interesse não é construção, mas operação de linhas. Por isso temos interesse na linha 15 do metrô, que também é um monotrilho”, disse o executivo a jornalistas após a CCR vencer o leilão de concessão das linhas 5-Lilás e 17-Ouro, com uma forte 185% acima do lance mínimo estipulado.

Protesto de sindicalistas contrário à privatização de linhas do metrô, em frente à sede da Bolsa de Valores, em SP Foto: Werther Santana/Estadão

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Segundo Vianna, a CCR considera baixo o risco das duas linhas, mas tem preocupação sobre o fornecedor de material do monotrilho da linha 17, a Scomi, da Malásia, que tem contrato com o governo do Estado.

“A empresa (Scomi) tem pouco histórico em monotrilho, aparentemente não tem experiência, mas acreditamos que vai ser entregue dentro do cronograma”, disse Vianna.

Consórcio. O Grupo CCR é tem 83,44% do consórcio Via Mobilidade, que faturou nesta sexta o leilão das linhas 5-lilás e Ouro do Metrô. O consórcio ofereceu R$ 553,880 milhões pela outorga fixa das linhas, um ágio de 185% em relação ao valor mínimo estipulado para a disputa, de R$ 194,343 milhões. O lance mínimo divulgado anteriormente pela Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), de R$ 189,6 milhões, foi atualizado pelo IPC-Fipe de janeiro.

O outro consórcio concorrente, Metrô São Paulo Linhas 5 e 17, liderado pela CS Brasil, propôs o pagamento de R$ 388,5 milhões pela outorga fixa dos ativos, um ágio de 99,9%. Como a diferença entre as propostas superou 15%, não foi necessária nova rodada de propostas para definir o vencedor do certame.

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Além de deter 75% do controle da ViaQuatro, concessionária da linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, a companhia atua ainda na construção e operação de outros ativos de mobilidade urbana fora do Estado.

No Rio de Janeiro, a CCR tem uma concessão voltada ao transporte de massa no modal aquaviário (CCR Barcas), é a principal acionista da PPP que administra o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Carioca e detém ainda a maior parte do controle acionário da ViaRio, concessionária do Corredor Presidente Tancredo Neves (Transolímpica). Na Bahia, o grupo faz parte de uma PPP no sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (Metrô Bahia).

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