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Colin Butterfield: Filho de agricultores, ele hoje comanda a Cosan Alimentos

Executivo está à frente do plano de expansão da empresa, que pretende expandir seu portfólio de produtos comprando diversas marcas de alimentos e bebidas

Por Leticia Bragaglia e do Economia&Negócios
Atualização:

Foi com a disciplina inglesa, herdada do pai, e uma boa dose de determinação, que Colin Butterfield, aos 39 anos, chegou à presidência da Cosan Alimentos, justamente no momento em que a empresa passa por grandes mudanças. No novo cargo desde março de 2010, o executivo vai encarar o desafio de reestruturar o portfólio de produtos da companhia. "Vamos comprar outras marcas de alimentos e bebidas. Nosso foco serão produtos vendidos em larga escala e mercados onde não predomine a informalidade," diz Butterfield, que, dessa forma, pretende aproveitar melhor a já existente infraestrutura gigantesca de distribuição da Cosan Alimentos, até agora centrada apenas na comercialização de açúcar. (Veja vídeos.)

 

 

Nesta etapa de aquisições, a maior preocupação do executivo é que realmente ocorra a integração das culturas entre as empresas compradas e a Cosan Alimentos. "Isso aqui já é uma miscelânea, temos profissionais vindos de todas as partes. O fundamental é que todos da equipe compreendam que tipo de empresa queremos ser, para onde estamos indo. Aprendi isso quando praticava remo. A sintonia entre todos é essencial."

Butterfield chegou a fazer parte da equipe pré-olímpica do Brasil de remo, e só não foi parar em Atlanta porque desistiu do esporte para ingressar no Banco Garantia, logo após retornar ao país depois de cursar engenharia nos Estados Unidos. Bem humorado, ele conta que, nessa época, ainda era um caipira, que ficava deslumbrado quando vinha a São Paulo. "Era o sonho da cidade grande mesmo. Eu nasci no interior do estado, em Piacatu, e cresci em uma fazenda linda andando a cavalo e jogando bola, porque meus pais eram lavradores."

 

Parte 2 - Cosan Alimentos: investimentos muito além do açúcar

 

Antes da Cosan Alimentos, Butterfield passou pela Cargill, trabalhou em uma consultoria e teve o próprio negócio, o site de viagens Decolar, que fundou junto com amigos. "Todas essas experiências foram muito importantes para mim. Aprendi a pensar fora da caixa, tentar sempre encarar as situações por ângulos diferentes. Hoje sou tarado por causa e efeito. Sei que não adianta só apagar o fogo, é preciso atacar a causa do incêndio," explica Butterfield, que garante: "Quer me ver maluco, é só esconder algum problema.Sou muito transparente, gosto que meus funcionários me falem sobre o que está errado para que tudo seja resolvido o mais rápido possível."

 

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Parte 3 - Brasil vive momento mágico, mas ele é finito, diz Butterfield

 

Sobre a economia brasileira, o executivo é cauteloso. "O País vive um momento de grande exuberância, mas ele é finito. É preciso aproveitá-lo. Quando viajo, acho até exacerbado o entusiasmo dos estrangeiros com o Brasil."

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