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Com custo menor, multinacionais podem vir captar no Brasil, diz Credit Suisse

Para o presidente do banco de investimentos, mercado de bônus externo deve se abrir no próximo ano

Foto do author Aline Bronzati
Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Aline Bronzati (Broadcast), Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Com a crise na Europa, as multinacionais que operam no Brasil podem vir captar recursos no aqui para se financiarem, avalia o presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira. "Hoje, uma empresa italiana capta mais barato aqui que na Itália" disse ele. Para o executivo, o mercado de bônus externo vai se abrir no ano que vem. Até empresas de maior risco devem conseguir captar, avalia Pereira. 

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O presidente ainda disse que estima entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões o volume que os fundos de private equity têm em caixa para investir no Brasil. "Não vai faltar capital para financiar bons projetos", observou o presidente. Entre os segmentos de destaque, segundo executivos do Credit, estão segmentos ligados ao setor de energia diante das oportunidades no petróleo, pré-sal etc; consumo, estimulado pela economia local e a melhor distribuição de renda com a ascensão das classes de menor poder aquisitivo e infraestrutura, em meio às obras previstas com Copa, Olimpíadas e PAC. 

Para Pereira, o mercado de debêntures de longo prazo para financiar projetos de infraestrutura deve se desenvolver depois da retirada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). "O IOF matava este segmento. Com a retirada do imposto, ele tem de se desenvolver", disse o executivo.Ele espera que aconteçam emissões de debêntures de longo prazo no ano que vem. "O mercado agora vai, já que os juros começaram a cair", analisou ele. O Credit Suisse espera mais quatro cortes de juros de 0,50 ponto porcentual, que empurrará a Selic para 9% no meio do ano que vem.Embora para Pereira o mercado de debêntures no longo prazo seja ainda "muito recente", o executivo informou que o Credit está com "muitas conversas". "Há muita coisa na batedeira, mas nada no forno", analisou.

PIB

O Credit Suisse projeta crescimento de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2012. Para a taxa básica de juros, a estimava do banco é que ocorram quatro novos cortes de 0,50 ponto porcentual e a Selic fique em 9%. Já para o dólar, a estimativa é de taxa de câmbio em R$ 1,75 em dezembro, segundo Pereira. A projeção para o Ibovespa ainda não foi divulgada.

O banco promoveu nesta sexta-feira encontro de final de ano com a imprensa.

Texto atualizado às 15h41

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