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Com 'excelente crescimento' no Brasil, resultado do Carrefour na AL avança 23%

Resultado operacional de 2015 na América Latina foi impactado pelas maiores vendas no Brasil e Argentina; globalmente, o grupo francês lucrou US$ 1,08 bi, valor 22% menor do que no ano anterior

Por Fernando Nakagawa e correspondente
Atualização:
Na França Carrefour tenta reposicionar imagem, ao reduzir promoções e manter preços baixos ao longo de todo o ano Foto: Regis Duvignau/Reuters

LONDRES E PARIS - Os números do Carrefour na América Latina melhoraram no ano passado, a despeito da desaceleração das grandes economias da região. Balanço apresentado nesta manhã pela varejista mostra que o resultado operacional na região cresceu 23,5% em 2015, para 705 milhões de euros. O valor leva em conta taxa de câmbio constante. O comunicado ao mercado não detalha o resultado que considera variações cambiais.

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A melhora do resultado operacional na região, explica a varejista, "é reflexo do excelente crescimento nas vendas nas mesmas lojas no Brasil e Argentina, combinado com a melhora das margens comerciais". Na região, a margem operacional ficou em 4,9% no ano passado, com alta de 0,2 ponto porcentual. Entre os custos na região, o Carrefour destaca o aumento das tarifas de energia elétrica no Brasil. 

Globalmente, o grupo varejista francês teve lucro líquido de 980 milhões de euros (US$ 1,08 bilhão) em 2015, 22% menor que o ganho de 1,25 bilhão de euros obtido no ano anterior. A queda no lucro veio com a contabilização de despesas líquidas no total de 257 milhões de euros, geradas principalmente por custos de reestruturação em vários países.

O lucro operacional recorrente do Carrefour, por outro lado, subiu 2,4% no ano passado, a 2,45 bilhões de euros, impulsionado pelo crescimento dos negócios na Europa e em países emergentes.

Gestão. O executivo-chefe do Carrefour, Georges Plassat, assumiu o comando do varejista em 2012 para liderar um plano de recuperação, após anos de vendas em queda e de erros estratégicos cometidos por seus antecessores. Em seu primeiro ano, Plassat reduziu a presença global do Carrefour, encerrando as operações em vários países.

Na França, Plassat concentrou esforços na reformulação da imagem do Carrefour, ao reduzir promoções e manter preços baixos ao longo de todo o ano. Ao mesmo tempo, o grupo investiu na reforma de lojas na Europa. Em 2016, o Carrefour pretende fazer investimentos de 2,5 bilhões de euros a 2,6 bilhões de euros. (Equipe Agência Estado)

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