A Emirates anunciou durante abertura do Dubai Air Show a nova primeira classe do Boeing 777. O anúncio das suítes, feitas em parceria com a Mercedes-Benz, faz parte do investimento da companhia na categoria ultraluxo.
O interior da cabine conta com as primeiras janelas virtuais da indústria para os lugares localizadas no meio do corredor. Essas janelas virtuais projetam a visão de fora da aeronave usando tecnologia de câmeras em tempo real. Nas suítes das pontas, binóculos estão disponíveis para clientes que desejam explorar o céu durante o voo.
Os passageiros que estiverem nas suítes ainda podem se comunicar com a tripulação ou solicitar serviço de bordo por meio de função de video-chamada.
As novas cabines totalmente privadas foram construídas pela Rockwell Collins, com um custo de “muitos milhões de dólares”, segundo Tim Clark, presidente da empresa.
Como parte da parceria com a Mercedes, a Emirates vai utilizar carros da marca alemã em serviços de chofer para os passageiros da classe privativa.
O novo avião entrará em operação inicialmente pelas rotas de Bruxelas, na Bélgica, e Genebra, na Suíça, com a possibilidade de, na sequência, chegar a cidades como Chicago, nos Estados Unidos, ou na cidade australiana Perth.
Compras. A Emirates anunciou a compra de 40 aeronaves 787-10 da Boeing em um negócio que totaliza US$ 15,1 bilhões. A Boeing superou a Airbus na concorrência para vender para a Emirates novos aviões bimotores para rotas de longo curso. As entregas devem começar em 2022.
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Os negócios com a Boeing são uma aposta da Emirates de continuidade do modelo de transporte de passageiros entre a América do Norte e a Europa até a Ásia via Dubai. O anúncio vem em um momento em que a Emirates está lidando com mudanças no seu mercado principal. Três anos de preços de petróleo relativamente baixos pesaram sobre a demanda da classe executiva.
As vendas de passagens aéreas neste ano também foram afetadas por proibições de viagem para os EUA de passageiros de alguns países do Oriente Médio e restrições ao uso de laptops e dispositivos eletrônicos similares em voos com destino aos EUA devido a preocupações com terrorismo.
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