Publicidade

Continuamos trabalhando para encontrar solução negociada, diz BRF

Segundo vice-presidente de assuntos corporativos da companhia, BRF ainda acredita que existem argumentos que determinem uma solução negociada

Foto do author Célia Froufe
Por Suzana Inhesta , Célia Froufe (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O vice-presidente de assuntos corporativos da BRF - Brasil Foods, Wilson Mello, falou rapidamente a imprensa após a sessão desta quarta-feira, 8, do julgamento da fusão Sadia/Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Continuaremos trabalhando no sentido de encontrar uma solução negociada com o Cade. Hoje tivemos um voto, do relator, mas faltam ainda quatro votos. A companhia ainda acredita que existem argumentos que determinem uma solução negociada e que esses sejam encontrados, o que a empresa defendeu desde o início."

PUBLICIDADE

Sobre o pedido de vistas do conselheiro Ricardo Ruiz, o executivo se mostrou otimista. "Temos agora oportunidade de conversar com os outros conselheiros, que até agora não tiveram tempo e acesso suficiente às informações para analisar corretamente o processo e o voto do relator."

Questionado sobre se o tempo do pedido de vistas seria insuficiente, Mello reafirmou que o otimismo prevalece. "Ainda temos quatro conselheiros que precisam ser ouvidos para que a votação não seja levada ao radicalismo, que é a reprovação da fusão", concluiu Mello.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa disse que considerou positivo o pedido de vistas do conselheiro Ricardo Ruiz. 

A companhia afirma que apresentou a todos os cinco conselheiros que participam da análise da operação uma proposta inicial de acordo. "A BRF está, como sempre esteve, à disposição do Cade para uma solução negociada e acredita numa análise justa e imparcial do caso", afirma o texto enviado à imprensa.

A empresa afirma ainda que entende que o Cade possui todos os dados e elementos necessários para tomar uma decisão positiva para toda a sociedade brasileira.

A nota diz ainda que a união entre Perdigão e Sadia criou a segunda maior empregadora e a terceira maior exportadora do País. "A aprovação da fusão é pró-competitiva e não trará prejuízo aos milhões de consumidores atendidos por suas marcas, que se beneficiarão das eficiências geradas pelo negócio, em especial com relação a efetiva queda de preços. A título de informação, no ano de 2010 os preços da BRF tiveram aumento médio de 3,6%, índice bem abaixo da inflação", defende a empresa.

Publicidade

Por fim, a empresa afirma que a associação é essencial para que a companhia continue a exercer seu papel na geração de empregos e renda no Brasil. Em paralelo, fortalecerá a economia e a competitividade brasileira no exterior. "Somente uma companhia com o porte da BRF pode competir no mercado global em igualdade de condições com as grandes empresas do setor."

(Texto atualizado às 19h52)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.