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Eletrobrás sai de prejuízo para lucro de R$ 12,7 bi no 2º trimestre

No semestre, a estatal diz que o prejuízo das subsidiárias de distribuição foi de R$ 1,8 bilhão

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Por Luana Pavani
Atualização:

SÃO PAULO - A Eletrobrás apresentou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 12,722 bilhões no segundo trimestre de 2016, revertendo prejuízo líquido de R$ 3,898 bilhões no primeiro trimestre do ano e também o prejuízo de R$ 1,358 bilhão há doze meses.

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No período, a holding estatal de energia elétrica informa reconhecimento contábil referente à RBSE com impacto líquido de R$ 17,035 bilhões - o dado se refere a indenização por ativos não amortizados anteriores a 2000.

O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado alcançou R$ 23,385 bilhões, revertendo o indicador negativo do primeiro trimestre, de R$ 2,041 bilhões. Já o Ebitda das controladas somou R$ 22,689 bilhões, aumento de 2862% sobre os R$ 766 milhões do trimestre imediatamente anterior.

Impairment e provisão para contrato oneroso de Angra 3 somou R$ 4,092 bilhões Foto: Divulgação

A receita líquida cresceu 300%, para R$ 33,085 bilhões, ante R$ 8,227 bilhões no segundo trimestre de 2015.

O resultado financeiro líquido segue negativo na comparação com o primeiro trimestre deste ano, em R$ 1,232 bilhão, ante R$ 1,345 bilhão de janeiro a março, o que a administração considera que não apresenta "variação relevante".

No semestre, o lucro líquido atribuído aos controladores ficou em R$ 8,824 bilhões, ante prejuízo de R$ 103 milhões no mesmo intervalo de 2015, influenciado pelos efeitos da Portaria nº 120, de 20 de abril, do Ministério de Minas e Energia, que estabeleceu as condições de pagamento e remuneração relativa à Rede Básica do Sistema Existente (RBSE), com impacto na receita de transmissão, na conta de atualização das taxas de retorno de transmissão de R$ 25,810 bilhões.

Como provisão de IRPJ/CSLL referente a esse reconhecimento de RBSE, o montante foi de R$ 8,775 bilhões. Além disso, a Eletrobrás fez provisões operacionais de R$ 6,587 bilhões no semestre, com destaque para o impairment e provisão para contrato oneroso de Angra 3 somando R$ 4,092 bilhões. No semestre, a estatal diz ainda que o prejuízo das subsidiárias de distribuição foi de R$ 1,811 bilhão.

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No resultado do semestre da controladora, também há menção a um passivo a descoberto em controladas de R$ 6,379 bilhões, em especial das distribuidoras (da Eletrobrás e da Eletronuclear) e provisões para contingências judiciais de R$ 1,901 bilhão.

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