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Executivo da Audi deixa o Brasil para assumir cargo global

Jörg Hofmann volta para a Alemanha em março para assumir o comando da área de vendas

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O alemão Jörg Hofmann, de 50 anos e presidente da Audi do Brasil há três anos e meio, volta para a Alemanha para assumir, em 1.º de março, o comando da área de vendas globais da marca pertencente ao grupo Volkswagen. Em seu lugar assumirá o austríaco Johannes Roscheck, engenheiro cuja carreira é mais voltada à área financeira.

Para seu sucessor, Hofmann deixa o desafio de tornar a operação brasileira rentável Foto: Sérgio Castro/Estadão

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Na última sexta-feira, algumas horas antes de embarcar para a Alemanha, Hofmann recebeu o Estado em seu escritório, em São Paulo. Ele disse que assumiu a filial brasileira durante os anos mais difíceis para a indústria automobilística, na pior crise enfrentada pelo Brasil. “Ainda assim conseguimos criar uma nova empresa”.

O executivo lembrou que a Audi vendia 6 mil veículos por ano quando chegou ao País, em setembro de 2013. Em 2016, mesmo com uma queda de mais de 30% em relação a 2015, a marca entregou aos consumidores quase o dobro desse volume.

Ele já trabalhou em cargos diretivos em montadoras na Alemanha, Austrália, Cingapura e Japão. Acompanha o setor automotivo global e afirmou que, em nenhum mercado tinha assistido a fenômeno similar ao que ocorreu no Brasil. “Em três anos o mercado caiu quase à metade e voltamos aos níveis de dez anos atrás.” Para ele, “foi uma experiência incrível que espero não vivenciar novamente”.

O ponto mais importante de sua passagem pelo País foi ter mantido os planos de produção local, numa área junto à fábrica da Volkswagen, em São José dos Pinhais (PR), sem nenhuma mudança nesse período. Também ampliou o número de concessionárias de 27 para 50, além de abrir um centro de treinamento técnico.

Inaugurada em outubro de 2015, a fábrica recebeu investimentos de R$ 500 milhões e tem capacidade para produzir 26 mil veículos ao ano. Em 2016, produziu 8 mil (4 mil sedãs A3 e 4 mil do utilitários Q3).

Para seu sucessor, Hofmann deixa o desafio de tornar a operação brasileira rentável. Ele reconhece que, para isso, o mercado de veículos precisa voltar a crescer. Para este ano, prevê uma melhora de 3% a 4% nas vendas totais, e resultados “um pouco melhores em 2018”.

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O executivo avisou que em breve volta ao Brasil, mas a passeio com a esposa e os quatro filhos pequenos. “Voltaremos para férias no fim do ano.” 

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