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Festa no Fórum de Davos será paga pelo Brasil

Governo vai gastar R$ 5 milhões com o evento, na esperança de atrair investimentos ao País

Por Jamil Chade e correspondente de O Estado de S. Paulo
Atualização:

GENEBRA - O governo brasileiro vai gastar R$ 5 milhões para se promover e organizar uma festa durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça, na semana que vem, na esperança de atrair investimentos. Mas o evento não terá a participação da presidente Dilma Rousseff e, pela primeira vez desde 2000, o presidente do Banco Central brasileiro - hoje, Alexandre Tombini - não estará presente.

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Segundo os organizadores do fórum, a festa marca o fim do evento de cinco dias na estação de esqui e é exclusivamente dedicada aos 2,7 mil participantes, recorde nos mais de 30 anos do evento. A conta de bebidas e comida para todos é de quem organiza a festa, no caso o governo brasileiro, mais precisamente a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

O fórum não quis informar o valor do investimento brasileiro. Mas admitiu que, com a valorização do franco suíço, não sairia barato. Ontem, a Apex deu uma explicação diferente, informando que Davos escolheu o Brasil como "país-tema" do evento. Os suíços, porém, nem se referiram a isso na apresentação oficial à imprensa.

"Isso é um privilégio", explicou Gutemberg Uchoa, gerente-geral de Investimentos da Apex. "É uma oportunidade para dar maior visibilidade ao Brasil e é uma estratégia de posicionamento global ante a crise diante dos maiores CEOs do mundo."

Segundo a Apex, temas de interesse do Brasil foram inseridos no evento, além da organização de seminários sobre o pré-sal. Haverá uma campanha publicitária na cidade, e a festa terá uma demonstração de dança do grupo Corpo. Uchoa, porém, disse não saber qual o custo da festa. "Já é tradição. Outros países já fizeram o mesmo. Mas ela será bem inferior a de outros países."

Além dos R$ 5 milhões do Brasil, o fórum tem outras fontes de renda. Uma taxa é cobrada dos participantes e pelo menos cem empresas destinam cerca de US$ 500 mil por ano ao evento.

Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, Davos o tratou como convidado especial. Agora, a delegação brasileira terá apenas o chanceler Antonio Patriota, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entre os participantes do primeiro escalão do governo.

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