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G8 e G5 querem concluir Doha em 2010, diz comunicado prévio

Líderes se comprometem a chegar, em encontro nesta quinta, a conclusão equilibrada para a rodada comercial

Por Reuters
Atualização:

Os líderes do G8 e do G5 - formado por Brasil, Índia, China, México e África do Sul - vão acertar durante uma cúpula nesta quinta-feira, 9, uma conclusão da Rodada de Doha de negociações comerciais mundiais para 2010, segundo comunicado preliminar ao qual a Reuters teve acesso.

 

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"Os líderes se comprometeram a chegar a uma conclusão desejada e equilibrada para a Rodada de Doha em 2010, compatível com seu mandato, a partir do progresso já alcançado nas modalidades", informou o documento prévio preparado para a reunião de quinta-feira do grupo.

 

As negociações de Doha estão congeladas desde que uma reunião de ministros em julho do ano passado não conseguiu chegar a um acordo preliminar, ainda que Pascal Lamy, diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha dito que 80 por cento do acordo foram completados.

 

Um outro comunicado prévio a ser divulgado na quarta-feira pelo grupo dos oito países mais industrializados (G8) - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia e Canadá - vai trazer o compromisso de se concluir as negociações o mais rápido possível.

 

Mas o documento não determina uma data para a conclusão do acordo para impulsionar a retraída atividade comercial mundial que enfrenta o pior declínio econômico desde a Segunda Guerra.

 

"Isso é meramente técnico. O comunicado do G8 vai alimentar o que será divulgado pelo G8 mais G5 no dia seguinte", disse à Reuters uma fonte do G8 próxima aos preparativos da cúpula que acontecerá na cidade italiana de L'Aquila. "O G8 sozinho não pode alcançar Doha, eles precisam de um acordo com o G5 para se ter uma chance real de sucesso e é por isso que o comunicado do segundo dia é tão importante."

 

Tarifas e subsídios

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A Rodada de Doha foi criada no fim de 2001 para ajudar países pobres a crescer por meio do comércio, mas quase oito anos depois, as negociações têm fracassado repetidamente, enquanto as potências globais recusam propostas para reduzir tarifas e subsídios sobre bens, que vão de alimentos a produtos químicos.

 

Mas, no mês passado, Lamy afirmou que um acordo pode ser alcançado em 2010 porque o humor das negociações melhorou desde a reunião neste ano do representante comercial dos EUA, Ron Kirk, com o ministro do Comércio da Índia, Anand Sharma, cujos países são vistos como chaves para destravar o acordo.

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