Mas, em maio, o Google revelou seu primeiro veículo autoguiado "desenvolvido para esse propósito" - um pouco parecido com um carro de desenho animado, sem volante nem pedais - e filmou alguns voluntários num passeio desacompanhado.
Em A First Drive, vídeo que pode ser encontrado no YouTube, os "motoristas" são algumas pessoas de idade, uma mãe com o filho, e um deficiente visual.
"A gente se sente relaxada", diz uma senhora grisalha que riu durante o passeio de carro fingindo virar um volante imaginário. "O que ela mais gostou foi o fato de o carro desacelerar antes da curva e, ao entrar na curva, acelerar novamente", diz um passageiro, acenando com a cabeça para a mulher. E o deficiente visual grita pela janela, "Adoro isso!", acrescentando depois, "Há uma grande parte da minha vida que um carro autoguiado poderia me devolver".
Chris Urmson, diretor do projeto do carro, trouxe o vídeo a um anfiteatro de Washington na semana passada como parte de sua apresentação durante o evento "Fix My Commute", um curso de dia inteiro a respeito dos problemas e soluções do transporte organizado pelo Post. (Um dos palestrantes foi Carl Dietrich, da Terrafugia, cujo carro voador, o "avião autorizado para circulação nas ruas", passou o dia estacionado na frente do anfiteatro, inspirando milhares de selfies. Ele disse que o veículo é capaz de decolar a partir dos 115km/h.)
Urmson respondeu perguntas a respeito do plano de negócios do Google, do preço, dos aspectos de segurança do veículo autoguiado, e de produção. Finalmente, indagaram quando ele imagina que sua equipe estaria pronta para trazer ao mercado um carro autoguiado. "Meu filho tem 11 anos", disse ele. "Terá 16 em questão de 5 anos. Creio que a meta é talvez oferecer essa alternativa à geração dele." / Tradução de Augusto Calil