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Governo avalia participação de trabalhadores nos lucros

Proposta diz que empresas devem distribuir 5% dos lucros aos empregados

Por Sandra Hahn e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, voltou a dizer nesta quarta-feira, 27, que há um estudo no governo sobre a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas e confirmou que sua pasta coordenou um grupo de trabalho sobre o assunto. O resultado foi devolvido ao Ministério do Trabalho, que irá continuar a discussão com a sociedade, ouvindo sindicalistas e empresários, explicou Tarso, em entrevista no Acampamento Intercontinental da Juventude, uma atividade tradicional do Fórum Social Mundial (FSM).   Tarso observou que a atribuição de sua pasta foi auxiliar no processo. "O nosso trabalho foi de solidariedade a um apelo do Ministério do Trabalho para que compartilhássemos de uma discussão sobre novas tutelas", afirmou. Por isso, o ministro evitou emitir posição sobre as propostas. "Então, não sou eu que falo sobre isso e nem é uma iniciativa do Ministério da Justiça", reforçou. Ele também reiterou que não há posição no governo sobre o assunto.   "O que há é um estudo, feito pelo Ministério do Trabalho, que pediu que nós coordenássemos", acrescentou. Questionado sobre se defende a proposta de exigir a distribuição de 5% dos lucros aos empregados, Tarso respondeu que não assumiu nenhuma posição pessoal sobre a questão e nem o Ministério da Justiça.   A proposta foi divulgada na terça-feira, 26, durante uma atividade paralela ao Fórum Social Mundial Grande Porto Alegre, na capital gaúcha. Na atividade, um folder apresentou a proposta de participação nos lucros junto com outras nove sugestões formuladas pela Comissão de Alto Nível do Direito do Trabalho, presidida por Rogério Favreto, secretário de Reforma do Judiciário, subordinada ao Ministério da Justiça.   O ministro também abordou sua provável saída do cargo em fevereiro para se dedicar campanha ao governo do Rio Grande do Sul. Tarso disse que no foi fixada uma data, mas esperava o ato realizado ontem (26) de lançamento do Bolsa Copa e Bolsa Olimpíada para definir o prazo. Questionado sobre se este foi seu último ato como ministro, Tarso disse que ainda acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento do programa Território da Paz em São Bernardo do Campo (SP). "Depois o presidente vai me dizer a data que ele prefere."   Tarso discursou para jovens acampados na região rural de Novo Hamburgo, a 40 quilômetros de Porto Alegre. Em edições anteriores do FSM em Porto Alegre, o acampamento foi instalado na capital, em áreas próximas ao lago Guaíba.

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