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Grupo escandinavo compra controle da Nextel Brasil por US$ 200 milhões

Se grupo AINMT realizar investimento adicional de US$ 150 milhões, Nextel terá maior solidez financeira para seguir estratégia de expansão comercial

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A NII Holdings e o grupo escandinavo AINMT Holdings divulgaram nesta terça-feira acordo em que a controladora da operadora norueguesa Ice pode investir até US$ 200 milhões na brasileira Nextel, assumindo o controle da companhia brasileira de telecomunicações móveis.

De acordo com o comunicado conjunto das empresas, a AINMT investirá inicialmente US$ 50 milhões por uma fatia de 30% na Nextel Holdings, subsidiária integral da NII, atual controladora da Nextel Brasil. Posteriormente, terá a opção de investir US$ 150 milhões adicionais.

Transação fornecerá à Nextel um aumento significativo de capital para revitalizar o negócio Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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"Se essa opção for exercida, o investimento total da AINMT, de US$ 200 milhões, resultará em um controle majoritário equivalente a 60% do capital da companhia", diz o comunicado. A NII contribuirá com capital e deterá fatia 40% na empresa caso a AINMT exerça sua opção.

A opção deve ser exercida até 15 de novembro. Este segundo passo da operação deve ser concluído até 31 de janeiro de 2018 e a Nextel Holdings espera que a operação seja concluída durante o primeiro trimestre de 2018.Após dois anos de desenvolvimento, Bradesco lança o banco digital Next

Se a AINMT realizar o investimento adicional de US$ 150 milhões, "a Nextel terá maior solidez financeira para seguir sua recém-desenvolvida estratégia de expansão comercial que contempla investimentos contínuos em mercados-chave para a Nextel Brasil com foco na expansão da base de clientes".

Segundo o comunicado, a transação fornecerá à Nextel um aumento significativo de capital para revitalizar o negócio e permitir que a Nextel siga uma estratégia de crescimento que não seria possível para a NII financiar sozinha.

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A conclusão da transação está sujeita a um aditamento das dívidas da Nextel Brasil e à liberação e substituição de determinadas garantias existentes, além de outras condições usuais de fechamento, incluindo aprovações regulatórias e antitruste, aprovação dos acionistas da NII e aprovações de terceiros.

A equipe do Bradesco BBI disse em nota a clientes que a venda da Nextel para o grupo AINMT é inesperada, acrescentando que enxergava os três principais participantes do mercado como principais compradores da Nextel, principalmente TIM.

Para os analistas Fred Mendes e Tales Freire, o aporte de até US$ 200 milhões deve ajudar, mas não resolver os desafios de liquidez da companhia, que pode precisar de outra injeção de capital no futuro. 

"Ainda não está claro qual é a principal estratégia da AINMT para o Brasil. Por enquanto, acreditamos que esta notícia é relativamente negativa para Vivo, TIM e Claro, já que as três empresas estavam ganhando participação de mercado na Nextel, que não conseguiu investir significativamente em suas operações", disse o Bradesco BBI./REUTERS

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