O Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), do empresário Chaim Zaher, anunciou nesta segunda-feira, 22, a compra do Colégio de A a Z, de ensino médio e pré-vestibular, marcando o ingresso do grupo paulista no Rio. O valor do negócio não foi informado.
Até agosto do ano passado, o empresário libanês, que montou um império da educação, era maior acionista da Estácio. Após desentendimentos sobre os rumos da companhia, que teve a fusão com a Kroton barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi se desfazendo de suas ações da Estácio na Bolsa e depois vendeu uma fatia relevante para o fundo americano Advent para se dedicar ao seu próprio grupo - que inclui negócios como a rede Concept, criada do zero, e a rede de idiomas Maple Bear.
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Com seus negócios concentrados em São Paulo, com cerca de 45 mil alunos, a SEB já está presente em ensino superior e em pós-graduação, por meio da UniDomBosco e da Escola Paulista de Direito.
Ao Estadão/Broadcast, Zaher afirmou que pretende expandir sua participação no mercado fluminense, inclusive no ensino superior, e avalia abrir o capital de seu grupo de educação.
O plano é expandir a marca Colégio A a Z, que atualmente oferece grade até o 9.ª ano do ensino fundamental para até a 3.ª série do ensino médio, além de introduzir educação bilíngue e novas metodologias.
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Zaher avalia criar a faculdade “De A a Z”, mesmo nome do colégio adquirido. Nesse caso, a ideia seria aproveitar o reconhecimento da rede de pré-vestibular para ingressar no ensino superior no Rio. Apesar de os antigos donos deixarem a sociedade, eles permanecerão na liderança pedagógica da instituição. As conversas para a compra deste negócio começaram há cinco anos.
Abertura de capital. Zaher participará, esta semana, de um encontro com o banco Morgan Stanley para discutir uma possível abertura de capital, que pode ser definida até o fim do ano.
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Segundo o empresário, não valeria a pena lançar ações para levantar menos do que R$ 500 milhões. O empresário informou ainda que tem um projeto, de cerca de R$ 100 milhões, para investir em ensino para um público de baixa renda, das classes D e E.