SÃO PAULO - Há exatos 228 anos, os Estados Unidos escolhiam o dólar como a unidade monetária que deveria ser adotada por todo o território. A criação havia se dado alguns anos antes, mas foi somente em 6 de julho de 1785 que o Congresso aprovou, de forma unânime, a utilização da moeda, em um sistema de cunhagem decimal.
A divisa surgiu de fato em 1776, com a finalidade de financiar a Guerra de Independência dos EUA. E até 1792, quando foi aprovada a Lei Mint - que regulamentava a sua cunhagem - muitas moedas coloniais ainda circulavam na economia norte-americana.
Neste período, o dólar não ocupava a posição de destaque no cenário internacional que tem atualmente. A moeda amplamente aceita era a libra esterlina, da Inglaterra. Demorou mais de 100 anos para que o dólar passasse a ser visto com bons olhos pelos demais países.
Foi somente depois da Primeira Guerra Mundial (de 1914 a 1918), que o dólar passou a ter maior relevância, já que os EUA saíram do período como uma potência econômica e financiaram a reconstrução da Europa e do Japão com a emissão de moeda.
Federal Reserve. Foi em 1913 que nasceu o Federal Reserve, banco central dos EUA, passando a emitir notas a partir do ano seguinte. A ideia, segundo o próprio site do Fed, era criar "um banco central independente para fornecer uma fonte de dinheiro elástica que se expandisse e contraísse em resposta às mudanças na demanda".
Até 1946 ainda se imprimia notas acima de US$ 100. A produção parou neste ano e as notas foram tiradas de circulação em 1969.
Bretton Woods. Outro episódio importante na história da moeda como divisa internacional foi a Conferência de Bretton Woods, em 1944. Nela, estabeleceu-se que todos os países deveriam atrelar suas moedas ao dólar, de maneira fixa, com uma variação de 1% para mais ou menos. Este, por sua vez, estaria relacionado ao ouro. Uma onça troy seria o equivalente a US$ 35.
O acordo durou até 1969, quanto a grande emissão de dólares e a diminuição do estoque de ouro passaram a exercer grande pressão para o colapso da paridade. Passou-se, então, a adotar um sistema de câmbio flutuante em relação ao dólar.
Atualmente, cada nota de dólar estampa o rosto de um ex-presidente americano considerado importante para a história do país. São eles: George Washington (US$ 1), Thomas Jefferson (US$ 2), Abraham Lincoln (US$ 5), Alexander Hamilton (US$ 10), Andrew Jackson (US$ 20), Ulysses S. Grant (US$ 50) e Benjamin Franklin (US$ 100).