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Havaianas vai abrir lojas na Índia e pode relançar marca nos EUA

Alpargatas também está de olho em possíveis desinvestimentos ou compras para melhorar portfólio

Por Dayanne Sousa
Atualização:

A Alpargatas, dona da marca Havaianas, está investindo em uma operação própria com a abertura de lojas na Índia, afirmou nesta terça-feira, 14, o presidente da Alpargatas, Márcio Utsch.

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Segundo ele, os investimentos no mercado indiano neste momento estão concentrados no início da operação naquele país. A companhia também está investindo na reestruturação da operação nos Estados Unidos.

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"Mudamos a gestão de tal forma que, internamente, estamos falando em 'relançar' a marca. Achamos que ela pode ter um novo patamar de vendas no país", concluiu Utsch.

No Brasil, as vendas em volume de Havaianas já apresentam recuperação após uma queda no terceiro trimestre de 2017. Foto: Sérgio Neves/Estadão

As exportações de sandálias da companhia caíram 10,3% no terceiro trimestre, chegando a 4,5 milhões de pares. O presidente da Alpargatas considerou que o resultado ficou abaixo do que a companhia havia previsto.

Ele afirmou que já era esperado um impacto negativo em razão de procedimentos para iniciar uma operação própria na Colômbia, mas ressaltou que a empresa não conseguiu compensar essas perdas com vendas para outras regiões, como seria desejável. Pela frente, Utsch traçou um panorama mais otimista para as vendas externas.

Mercado interno. Já no Brasil, as vendas em volume de Havaianas já apresentam recuperação após uma queda no terceiro trimestre de 2017, afirmou o executivo.

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Durante teleconferência com analistas e investidores nesta terça-feira, 14, Utsch disse que o volume de vendas apresenta crescimento de dois dígitos em outubro deste ano na comparação com igual mês de 2016.

A Alpargatas registrou queda no volume de vendas de sandálias no Brasil, enquanto o negócio de calçados esportivos da marca Mizuno apresentou desempenho melhor. No terceiro trimestre de 2017, as vendas de sandálias em volume caíram 5,7% no mercado doméstico, chegando a 53,7 milhões de pares enquanto os calçados esportivos cresceram 29,6%, para 1,2 milhão de pares.

Utsch afirmou que a companhia fez ajustes operacionais e disse que tais mudanças têm permitido um melhor desempenho de vendas. De acordo com ele, a empresa lançou novos modelos de sandálias com preços mais baixos, voltados para a distribuição em canais de venda mais populares.

Oportunidade. A gestão da Alpargatas também está de olho em possibilidades de ajustar seu portfólio de marcas ou de regiões de atuação. O presidente da companhia revelou que a companhia sempre estuda oportunidades de desinvestimentos ou então de aquisições que possam "tornar a empresa mais competitiva".

O executivo respondia a pergunta sobre a possibilidade de a companhia voltar a vender ativos, como fez com as marcas Topper e Rainha em 2015. "Estamos bem atentos a essa análise de depuração do portfólio para ficarmos mais competitivos, seja vendendo ou adquirindo coisas", concluiu Utsch.

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