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IRB busca liderança na América Latina

Após abertura de capital, ambição internacional da empresa reforça interesse do megainvestidor Warren Buffett no negócio

Foto do author Aline Bronzati
Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

Após recuperar sua participação no Brasil, o IRB Brasil Re busca a liderança no mercado ressegurador da América Latina. Nos últimos três anos, a companhia duplicou a receita e multiplicou por cinco seu lucro. Agora, na condição de uma empresa aberta, quer reforçar sua presença na Colômbia, México e Peru. Um caminho a ser seguido, diz o presidente do IRB, José Cardoso, é replicar o modelo adotado na Argentina.

“Estamos preparando o IRB para um reforço no processo de internacionalização. Estamos, gradualmente, ampliando nossa fatia na Colômbia, México e Peru”, disse o executivo, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, a primeira desde que o IRB abriu o capital.

No primeiro semestre, o pedaço de prêmios emitidos pelo IRB no exterior foi a 32% contra fatia de 24% em um ano. Foto: Tiago Queiroz

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Na Argentina, o IRB possui um escritório com 11 pessoas, sendo a maioria profissionais locais, fator que ajuda no desenvolvimento do negócio. Considerando a operação brasileira, o IRB está entre os cinco maiores do mercado de resseguros latino-americano em termos de faturamento (prêmios). E sua fatia vem crescendo. No primeiro semestre, o pedaço de prêmios emitidos no exterior foi a 32% contra fatia de 24% em um ano.

A ambição internacional do IRB, aos 78 anos, sendo a maioria deles com o monopólio do setor de resseguros no Brasil, reforça o interesse da gigante Berkshire Hathaway, do megainvestidor americano Warren Buffett, na companhia. O namoro começou durante a abertura de capital. De lá para cá, o movimento de aproximação progrediu com novas conversas, segundo fontes. Uma delas, inclusive, aconteceu, no mês passado, durante o Les Rendez-Vous, tradicional evento de resseguros, dando continuidade ao namoro.

O objetivo da Berkshire é deter o controle do IRB, mas, até agora, conforme fontes, nenhuma oferta foi feita. Para isso, terá de comprar as participações de União, BB Seguridade, Bradesco, Itaú e o FIP Barcelona, da Caixa, que, juntos, formam o bloco de controle do ressegurador com uma fatia de 50% mais uma ação. O negócio seria o passaporte para a Berkshire ter seu primeiro ativo de peso no setor de seguros na América Latina.

Questionado sobre o namoro do IRB com a Berkshire, Cardoso confirma a aproximação, mas garante que as conversas dizem respeito a questões operacionais. Sobre os trâmites para eventual venda, ele não quis comentar.

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