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Japão prepara orçamento extra para recuperação de terremoto

Ministro da Economia estimou anteriormente que o custo total do desastre seria de entre 16 trilhões e 25 trilhões de ienes

Por Gabriel Bueno e da Agência Estado
Atualização:

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse nesta sexta-feira que um orçamento extra é preparado, para lidar com a recuperação das áreas pelo terremoto seguido de tsunami ocorrido em 11 de março no país. Kan não deu, porém, detalhes sobre como um governo com orçamento apertado pretende financiar isso.

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Falando três semanas após o violento terremoto de magnitude 9,0 e o tsunami no Japão, Kan também afirmou que a crise nuclear gerada pelos desastres naturais será contornada, mesmo que isso leve algum tempo. "Nós estamos prontos para travar uma longa batalha, mas venceremos no final", afirmou. Equipes trabalham para estabilizar a usina Daiichi, em Fukushima, e evitar um desastre nuclear.

Kan disse que o governo pode ajudar a proprietária da usina, Tokyo Electric Power (Tepco), a pagar os altos custos de compensações que devem ser cobrados após a crise nuclear. Mas notou que preferia que a companhia seguisse sendo privada. Algumas reportagens da imprensa japonesa sugeriram que a Tepco poderia ser estatizada.

Kan disse que esperava esforços da Tepco como uma entidade privada, mas acrescentou que o governo usará sua responsabilidade "em última instância" para lidar com essas compensações. E afirmou que responderia se o problema fosse demasiado grande para a empresa enfrentá-lo. "Se ele exceder (as capacidades da Tepco), o governo deve lidar (com o assunto) responsavelmente."

Para financiar o gasto necessário para a reconstrução, Kan disse que alguns programas planejados para o ano fiscal iniciado nesta sexta-feira já foram congelados. Mas apontou que isso ainda não liberaria dinheiro suficiente para pagar a reconstrução.

O ministro da Economia, Kaoru Yosano, estimou anteriormente que o custo total do desastre seria de entre 16 trilhões e 25 trilhões de ienes.

Kan disse que ele iria dialogar com a oposição, cujo apoio é necessário para aprovar leis, para avaliar se um aumento nos impostos ou o aumento na oferta de bônus seria necessário. Com um grande déficit, igual a quase a metade do orçamento do governo antes do terremoto, há temores sobre como a administração japonesa lidará com essa dívida adicional. As informações são da Dow Jones.

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