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Liminar impede irmãos Batista de votarem em assembleia da JBS

Assembleia Geral Extraordinária acontece nesta sexta-feira e pode afastar Wesley Batista da presidência do grupo

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:

O braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) e a Caixa Econômica Federal, acionistas da JBS, controlada pela holding J&F, da família Batista, conseguiram nesta quinta-feira, dia 31, na Justiça Federal de São Paulo liminar para impedir que os controladores da companhia participem nesta sexta-feira, 1, da Assembleia-Geral Extraordinária (AGE).

Durante a assembleia, os bancos públicos vão votar pela saída de Wesley Batista do comando da empresa de alimentos. A J&F vai recorrer da decisão, apurou o Estado.

BNDESPar, braço de participações da instituição de fomento, propôs para votação na assembleia, por exemplo, o afastamento de Wesley Batista da presidência da companhia 

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Após ter o pedido barrado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esta semana, o BNDESPar se uniu à Caixa para impedir a votação dos controladores do grupo na reunião, marcada para as 10h desta sexta-feira. Os bancos entraram com pedido de liminar na 8.ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, sob a alegação de que os controladores da empresa têm conflito de interesse, uma vez que na assembleia será discutida uma possível ação de responsabilidade civil contra os administradores do grupo, que assumiram ter cometido crime em delação premiada.

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"O BNDES deveria ter aceito o pedido de adiamento da assembleia feito na segunda-feira", disse Ricardo Lacerda, presidente da BR Partners, banco de investimento contratado pela J&F para mediar as negociações entre a família Batista, que detém 42,1% da JBS por meio da FB Participações. O BNDESPar é o segundo maior sócio, com 21,3%.

Segundo Lacerda, os controladores tentaram um acordo amigável para resolver a questão. "Ao entrarem na Justiça, vão ter de responder por seus atos."

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Procurada, a JBS não quis comentar. Em nota, a J&F informou que "não tem conhecimento do teor da decisão" e que "tão logo a empresa seja intimada vai analisar e tomará as medidas legais cabíveis".

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