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Margem maior e operação de seguros fazem lucro do Itaú Unibanco crescer 22%

No período de abril a junho deste ano, banco registrou lucro líquido de R$ 5,9 bilhões

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

O Itaú Unibanco informou nesta terça-feira, 4, lucro líquido de R$ 5,984 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 22,1% superior à do mesmo intervalo do ano passado, de R$ 4,899 bilhões. Ante o primeiro trimestre, de R$ 5,733 bilhões, foi identificada elevação de 4,4%. O resultado veio em linha com as expectativas de analistas do mercado. 

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O crescimento visto de abril a junho ante o trimestre anterior, segundo explica o Itaú em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, é resultado de uma maior margem financeira com clientes e também do desempenho da operação de seguros. Por outro lado, explica o banco, foi registrada uma menor margem financeira com o mercado e maiores despesas operacionais.

No primeiro semestre, o lucro líquido do Itaú ficou em R$ 11,717 bilhões, aumento de 25,7% ante um ano, de R$ 9,318 bilhões.

No primeiro semestre, o lucro líquido do Itaú ficou em R$ 11,7 bilhões Foto: Estadão

A carteira de crédito total do Itaú Unibanco, que inclui avais e fianças encerrou junho com saldo de R$ 566,556 bilhões, retração de 2,1% ante a cifra de março, de R$ 578,596 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos somavam R$ 518,423 bilhões, foi identificada elevação de 9,3%. Quando calculado com base na conversão da carteira em moeda estrangeira (dólar e moedas dos países da América Latina), foi visto recuo de 1,0% e alta de 2,6%, nesta ordem.

Em ativos totais, o Itaú Unibanco somou R$ 1,231 trilhão ao final de junho, aumento de 10,7% perante o mesmo intervalo do ano passado, de R$ 1,112 trilhão. Na comparação com março, quando estavam em R$ 1,295 trilhão, foi vista queda de 5,0%.

Apesar de ainda estar à frente do Bradesco no quesito ativos, a distância entre os concorrentes diminuiu após o anúncio da compra da filial brasileira do HSBC pelo banco comandado por Luis Carlos Trabuco Cappi. Com a aquisição, os ativos do Bradesco passam a somar R$ 1,192 trilhão, apenas R$ 39 bilhões a menos que o Itaú. 

O patrimônio líquido do Itaú totalizou R$ 100,711 bilhões de abril a junho, aumento de 17,1% em 12 meses e de 3,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi a 24,2% no segundo trimestre, estável na comparação trimestral e 0,9 ponto porcentual maior em um ano.

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Resultado recorrente. O Itaú anunciou também lucro líquido recorrente de R$ 6,134 bilhões no segundo trimestre, expansão de 23,4% ante idêntico período de 2014, de R$ 4,973 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre, de R$ 5,808 bilhões, o avanço foi de 5,6%. O retorno (ROE) recorrente ficou em 24,8% ao término de junho contra 24,5% em março e 23,7% em um ano. No semestre, foi de 24,7% ante 23,1% em 12 meses.

De janeiro a junho, o lucro líquido recorrente do Itaú somou R$ 11,942 bilhões, com crescimento de 25,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A evolução desse resultado deve-se, de acordo com o banco, principalmente, à expansão do produto bancário, compensado parcialmente por maiores gastos com despesas operacionais e com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs.

Dentre os eventos não recorrentes no segundo trimestre ante um ano, o Itaú cita, em relatório que acompanha suas demonstrações contábeis, R$ 43 milhões de ajuste no valor de ativos para adequação ao provável valor de realização, R$ 86 milhões de provisão para perdas decorrentes de planos econômicos, amortização de ágio de aquisições feitas pelo grupo. 

Calotes. O índice de inadimplência do Itaú Unibanco, que considera os atrasos acima de 90 dias, interrompeu uma sequência de 11 trimestres de queda ao final de junho. O indicador subiu 0,3 ponto porcentual na comparação com março, para 3,3%. Em um ano, porém, os calotes tiveram recuo de 0,1 p.p.

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O aumento da inadimplência foi motivado, conforme o Itaú, principalmente pelas pessoas jurídicas. "No trimestre, houve aumento no indicador de grandes empresas, concentrado em grupos específicos. No segmento de micro, pequenas e médias empresas houve redução no período", explica o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Os calotes acima de 90 dias das pessoas jurídicas subiram 0,4 p.p. em junho ante março, para 2,2%. Em um ano, também cresceu neste nível. Já o indicador de pessoas físicas teve alta de 0,1 p.p. no trimestre e queda de 0,6 ponto em um ano.

As despesas com provisões para devedores duvidosos do Itaú, as chamadas PDDs, foram a R$ 5,520 bilhões no segundo trimestre, leve alta de 0,1% ante os três meses anteriores, de R$ 5,515 bilhões. Em um ano, quando esses gastos somavam R$ 4,465 bilhões, a alta foi de 23,6%. No semestre, as despesas com PDDs do Itaú foram a R$ 11,035 bilhões, elevação de 26,6% em um ano, de R$ 8,717 bilhões.

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No término de junho, o saldo de PDDs foi a R$ 28,131 bilhões no segundo trimestre, recuo de 0,8% ante o primeiro trimestre, de R$ 28,354 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando estavam em R$ 24,547 bilhões, o aumento foi de 14,6%.

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