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Média de superávits da balança comercial deve  ficar em US$ 2,5 bi

Segundo Gustav Gorski, da Quantitas Asset Management, a partir de setembro, a balança tende a ser menos beneficiada pelo embarque de produtos básicos

Por Flavio Leonel e da Agência Estado
Atualização:

Depois de totalizar um saldo comercial de US$ 3,873 bilhões em agosto, a balança comercial brasileira deverá apresentar superávits menos expressivos até dezembro, com uma média mensal em torno de US$ 2,500 bilhões. A previsão é do economista-chefe da Quantitas Asset Management, Gustav Gorski, que, em entrevista à Agência Estado, destacou que, a partir de setembro, de maneira diferente da que foi verificada em agosto, a balança tende a ser menos beneficiada pelo embarque de produtos básicos. "O saldo comercial tende a declinar nos próximos meses", afirmou Gorski, para quem a fase de superávits comerciais mais robustos teria terminado justamente em agosto. "Talvez, o mês de setembro ainda seja um mês com resultado positivo, por conta da sazonalidade ainda favorável, mas, no último trimestre do ano, os números tendem a ser bem mais tímidos", previu. Nesta quinta-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou que a balança comercial de agosto superou o resultado positivo observado em julho, de US$ 3,135 bilhões. O número do mês passado ficou acima do teto do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções com economistas do mercado, já que eles esperavam um superávit comercial de US$ 2,400 bilhões e US$ 3,850 bilhões. A Quantitas Asset, que não participou do levantamento do AE Projeções, trabalhava com uma estimativa de saldo de US$ 3,600 bilhões. Para o economista-chefe da instituição, a junção da sazonalidade favorável para a remessa de produtos básicos ao exterior e o avanço nos preços das commodities no exterior ajudou a formar o bom resultado de agosto da balança. "O que observamos neste último mês foram as médias diárias de exportação muito elevadas", analisou Gorski. "Sem dúvida, com os preços das commodities subindo, como minério de ferro, celulose e soja, o resultado é puxado para cima", destacou.

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