PUBLICIDADE

Mercado reduz projeção para o PIB em 2012 pela 4ª vez seguida

Segundo boletim Focus, agora analistas acreditam que a economia irá crescer apenas 1,73% neste ano

Por Eduardo Cucolo e da Agência Estado
Atualização:

O mercado financeiro reduziu pela quarta semana consecutiva a previsão de crescimento da economia brasileira, que caiu agora de 1,75% para 1,73%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada há pouco pelo Banco Central. Há quatro semanas, estava em 1,90%. Para 2013, a aposta se manteve em 4%, abaixo dos 4,05% verificados há quatro semanas.

PUBLICIDADE

A projeção para o setor industrial em 2012 passou de uma retração de 1,20% para um resultado negativo de 1,55%. Para 2013, a projeção passou de crescimento de 4,4% para 4,5%. Um mês antes, a pesquisa apontava estimativa de queda de 0,44% neste ano e de expansão de 4,3% no próximo ano. 

Analistas reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 35,27% para 35,25%. Para 2013, a projeção se manteve em 34%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,50% e 34,06% do PIB para cada um dos dois anos. 

Inflação e juro

O mercado financeiro elevou pela sétima semana seguida a projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012, que subiu de 5,15% para 5,19% somente na última semana. Há quatro semanas, a previsão estava em 4,98%. Para 2013, a projeção se manteve em 5,50% pela nona semana seguida. 

A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses caiu de 5,66% para 5,64%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,55%. 

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo subiu de 5,15% para 5,20%. Para 2013, a previsão dos cinco analistas ficou em 5,50%. Há um mês, o grupo apostava em alta de 4,99% e 5,50% para cada ano, respectivamente. 

Publicidade

Os economistas também mantiveram a aposta de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai reduzir a taxa Selic dos atuais 8,0% para 7,50% ao ano na próxima quarta-feira. Já a mediana das estimativas para o patamar da taxa Selic no fim de 2012 segue em 7,25%, o que significa um corte adicional de mais 0,25 ponto neste ano. 

A projeção para a taxa básica de juros no fim de 2013 recuou pela segunda semana, desta vez, de 8,38% para 8,25%. Há quatro semanas, estava em 8,50%. 

A pesquisa mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio em 8,47% neste ano e em 7,63% em 2013. Quatro pesquisas antes, analistas esperavam juro médio de 8,53% em 2012 e de 7,81% no ano que vem. 

Câmbio

PUBLICIDADE

A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2012 e 2013 se manteve em R$ 2,00 nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central pela terceira semana seguida. Para o fim de agosto e de setembro, as expectativas são de um dólar pouco acima desse patamar, a R$ 2,02. 

Conta corrente

O mercado financeiro elevou ligeiramente a previsão de déficit em transações correntes para 2012. Pesquisa semanal Focus realizada pelo Banco Central (BC) mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente neste ano subiu de US$ 58,63 bilhões para US$ 58,71 bilhões. Há um mês, estava em US$ 62,00 bilhões. Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas foi mantida em US$ 70 bilhões pela quarta semana. 

Publicidade

Na mesma pesquisa, economistas mantiveram a estimativa de superávit comercial em 2012 em US$ 18 bilhões, mesmo valor verificado quatro pesquisas antes. Para 2013, subiu de US$ 14,78 bilhões para US$ 15 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 13,68 bilhões. 

A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, em 2012, ficaram em US$ 55 bilhões pela nona semana. Para 2013, a expectativa de ingresso de IED passou de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 59,02 bilhões em 2013. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.