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Oi registra prejuízo de R$ 6,6 bilhões em 2017

No último trimestre do ano, o prejuízo líquido atribuído a controladores caiu 22% na comparação com o mesmo período de 2016, para R$ 3,690 bilhões

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

A Oi reduziu o seu prejuízo acumulado de 2017 em 18,9%, na comparação com o ano de 2016, para R$ 6,656 bilhões. A perda foi de R$ 8,206 bilhões em 2016. O prejuízo líquido atribuído a controladores no quarto trimestre de 2017 caiu 22% na comparação com o mesmo período de 2016, para R$ 3,690 bilhões. Já o resultado consolidado foi um prejuízo líquido de R$ 3,916 bilhões, 18,5% menor.

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Prejuízo foi amenizado por redução nas despesas com juros e corte de dívidas Foto: Paulo Vitor/Estadão

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Segundo a companhia, o prejuízo ocorreu em função da queda do faturamento e das margens, impactados por inadimplência e desligamentos de clientes, oferta de descontos para retenção de consumidores, além de provisões associadas à remuneração variável de funcionários.

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Por outro lado, o prejuízo foi amenizado por redução nas despesas com juros e corte de dívidas inseridas no processo de recuperação judicial, cujo plano de reestruturação foi aprovado em dezembro e homologado em janeiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério denominado de rotina foi a R$ 1,299 bilhão no trimestre, queda de 26,1%. No ano, foi a R$ 6,244 bilhões, retração de 6,8%. A margem Ebitda no trimestre foi a 22,3%, perda de 5,5 pontos porcentuais, e no ano, 26,2%, 0,5 ponto porcentual menor.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 5,828 bilhões no trimestre, recuo de 7,8%, enquanto no ano alcançou R$ 23,790 bilhões, encolhimento de 8,5%.

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As despesas operacionais recorrentes das operações brasileiras foram de R$ 4,482 bilhões no trimestre, alta de 1,1%, mas no ano totalizaram R$ 17,367 bilhões, uma queda de 7,7%.

A Oi apresentou um resultado financeiro líquido positivo de R$ 1,854 bilhão no trimestre, em comparação a uma despesa de R$ 707 milhões no quarto trimestre de 2016. Pelo lado positivo, a tele apurou o efeito - similar a um desconto - de R$ 4,5 bilhão pela atualização a valores presentes da dívida junto à Anatel que será paga no longo prazo a juros baixos, conforme prevê o plano de recuperação judicial.

A tele manteve a expansão dos investimentos, que no trimestre alcançaram R$ 1,840 bilhão, aumento de 32,2%, e no ano, R$ 5,687 bilhões, expansão de 16,0%.

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Dívida. A Oi fechou o quarto trimestre com dívida líquida de R$ 47,621 bilhões, 8,0% a mais do que no fim do terceiro trimestre. Nesse período, o saldo disponível em caixa caiu 9,3%, para R$ 6,999 bilhões.

O balanço da Oi foi postergado - era para ter sido divulgado em 28 de março e só entrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos últimos minutos de 12 de abril - porque a companhia enfrentou dificuldades em apurar todos os efeitos contábeis relacionados ao andamento do processo de recuperação judicial. Conforme informado na ocasião, esses efeitos causaram um corte de R$ 21 bilhões no patrimônio líquido da tele, que fechou o ano em R$ 13,5 bilhões negativo.

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