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Oi reverte prejuízo e tem lucro de R$ 671 mi no segundo trimestre

Venda da PT Portugal para a francesa Altice teve impacto positivo nos números da companhia, que registrou queda na base de clientes de telefonia fixa e móvel

Por Mariana Sallowicz
Atualização:

A operadora de telefonia Oi encerrou o segundo trimestre de 2015 com lucro líquido consolidado de R$ 671 milhões, ante prejuízo de R$ 217 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O resultado inclui o ajuste contábil de R$ 1,113 bilhão referente aos resultados apurados com as operações descontinuadas da PT Portugal que fazem parte do contrato de venda à Altice S.A.. Em junho, a Oi vendeu sua participação na companhia portuguesa. 

Em comunicado, a empresa lembra que, conforme mencionado no final de 2014, este valor inclui o efeito positivo referente à variação do câmbio sobre o valor contábil da PT Portugal, que à época estava registrada no Patrimônio Líquido. "Com a conclusão da operação de venda da PT Portugal no segundo trimestre, esse valor foi reclassificado para resultado líquido de operações descontinuadas, juntamente com despesas associadas à venda", informa.

Oi aumentou as provisões contra calote por causa da crise econômica no País Foto: Paulo Vitor/Estadão

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado pró-forma somou R$ 1,899 bilhão entre abril e junho, um avanço de 3,6% ante igual trimestre de 2014. A margem Ebitda pró-forma foi de 28%, ante 25,6% de um ano antes. A empresa também divulgou o Ebitda consolidado de rotina, no valor de R$ 1,947 bilhão, o que representa um avanço de 11% ante o registrado um ano antes. A margem foi de 28,7%, ante 24,5% de igual intervalo do ano passado.

A receita operacional líquido totalizou R$ 6,784 bilhões no segundo trimestre de 2015, uma queda de 5,2% ante igual intervalo do ano passado.

A companhia registrou despesas financeiras líquidas de R$ 1,210 bilhão no segundo trimestre de 2015, um aumento de 16,6% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Clientes. A Oi encerrou o segundo trimestre do ano com 10.440 clientes de telefonia fixa no segmento residencial, queda de 4,1% na comparação com o mesmo período de 2014 e retração de 2,1% frente os três primeiros meses do ano.

A base de clientes no segmento de mobilidade pessoal encerrou o trimestre com 47.756 mil unidades geradoras de receitas (UGRs), queda de 1,8% na comparação com o segundo trimestre de 2014 e retração de 0,4% frente ao primeiros três meses do ano. Nos últimos 12 meses, as desconexões líquidas atingiram 862 mil, sendo 1.082 mil desconexões líquidas no pré-pago e 220 mil adições líquidas no pós-pago.

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"O desempenho do pré-pago é consequência da política mais rígida de limpeza da base pré-paga com foco na rentabilização do negócio", informou a empresa. No segundo trimestre de 2015, a base de clientes móveis (mobilidade pessoal, corporativo e pequenas e médias empresas) da Oi atingiu 50.253 mil UGRs, 47.756 mil no segmento de mobilidade pessoal e 2.497 mil no corporativo e PMEs.

A companhia registrou 5,4 milhões de adições brutas e 157 mil desconexões líquidas no segundo trimestre.

Proteção contra calote. As provisões para devedores duvidosos (PDD) da Oi no segundo trimestre de 2015 totalizaram R$ 179 milhões, aumento de 3,1% e de 22,7% em relação ao segundo trimestre de 2014 e ante os três primeiros meses do ano, respectivamente.

De acordo com a empresa, a aumento das provisões reflete a deterioração do cenário econômico brasileiro, em que a queda do consumo, da produção e do emprego impactou diretamente a taxa de inadimplência para empresas de todos os setores da economia.

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Na Oi, os maiores impactos foram sentidos no serviço de telefonia fixa do residencial e no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs). As provisões para devedores duvidosos corresponderam a 2,7% da receita líquida das operações brasileiras, aumento de 0,2 ponto porcentual na comparação anual.

Dívida. A dívida líquida da Oi somou R$ 34,64 bilhões em junho deste ano, queda de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado e aumento de 6,4% ante o mês de março deste ano.

Segundo a operadora, o crescimento ocorreu principalmente pelo pagamento anual da licença 3G, o pagamento da taxa bianual da concessão, além da despesa financeira. Para o segundo semestre, a Oi espera uma redução no consumo de caixa, dado que os pagamentos não recorrentes do primeiro semestre não se repetirão. Entre eles, pagamentos de taxas regulatórias no montante de R$ 1,6 bilhão realizados na primeira metade do ano.

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A empresa registrou ainda dívida bruta consolidada de R$ 51,28 bilhões no segundo trimestre deste ano, retração de 1,8% na comparação com o mesmo período de 2014 e aumento de 48% frente aos três primeiros meses do ano.

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Em 2 de junho deste ano, a companhia concluiu o processo de venda da operadora portuguesa PT Portugal à francesa Altice. Como resultado, o endividamento da subsidiária Portugal Telecom International Finance (PTIF), que vinha sendo classificado como passivos associados a ativos disponíveis para venda, foram reclassificados para o endividamento consolidado da Oi, informou a companhia.

Ao mesmo tempo, como as dívidas da PTIF no montante de aproximadamente R$ 17 bilhões foram reclassificadas, a companhia recebeu um caixa resultante do desinvestimento aproximadamente no mesmo valor, não afetando, portanto, a dívida líquida. Ao final do trimestre, as dívidas da PTIF contribuíram com R$ 16,263 bilhões para a dívida bruta consolidada.

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