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Operadoras esperam faturar R$ 30 mi com Londres 2012

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

As operadoras de turismo brasileiras devem faturar cerca de R$ 30 milhões com a venda de pacotes para a Olimpíada de Londres, em 2012, de acordo com estimativa de Antonio Carlos Valente, diretor da Tamoyo Internacional. O início das vendas dos pacotes foi anunciado hoje pela empresa - única no País credenciada para a comercialização de ingressos - que tem parceria com quatro operadoras de turismo para a oferta dos pacotes: Agaxtur, Ambiental, TAM Viagens e Top Service.Segundo previsão de Valente, os jogos de Londres devem resultar na venda de 2 mil pacotes pelas operadoras, o dobro do que foi comercializado para Pequim, em 2008, e cinco vezes mais que os roteiros para Atenas, em 2004.Já a venda dos ingressos deve levantar R$ 1,3 milhão exclusivamente para a Tamoyo, que atua na venda dos tíquetes para os consumidores e para as operadoras parceiras, mas não oferece pacotes. Valente estima a venda de 40 mil ingressos até 2012, um salto ante os 18 mil de Pequim e os 12 mil de Atenas.Desde março, já foram vendidos 10 mil da cota disponibilizada até o momento pelo comitê organizador dos jogos. Isso significa que 25% do total das vendas previstas já foram realizadas, antes mesmo do lançamento de campanhas publicitárias de abrangência nacional. "Havia uma demanda reprimida por esse tipo de produto", avalia Valente.Pacotes empresariaisOs pacotes para Londres 2012 custam entre R$ 15 mil e R$ 80 mil por pessoa, valor que restringe a compra para as classes A e B e, principalmente, para clientes corporativos. "A Olimpíada virou um evento corporativo por causa das empresas patrocinadoras e daquelas que oferecem os pacotes como incentivo para seus funcionários pelo cumprimento de metas", avalia José Zuquim, da Ambiental. As empresas serão responsáveis pela maioria das aquisições de pacotes, avalia.Na Top Service, agência que atua no setor de pacotes corporativos, a expectativa se confirma e a empresa espera liquidar entre 80% e 90% de seus pacotes até dezembro, segundo o vice-presidente Gilmar Pinto Caldeira."O grande desafio é impulsionar as vendas para pessoas físicas", afirma o diretor da TAM Viagens, Sylvio Ferraz. Ele lembra que o valor alto dos pacotes na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, já fez com a que a venda para empresas fosse maior que aquelas para consumidores comuns.Ferraz acrescentou que a TAM Viagens aguardava apenas o anúncio oficial dos pacotes para iniciar campanhas publicitárias nas lojas, no site e nos aviões da empresa, além de outros veículos de comunicação, com o objetivo de atrair os consumidores comuns.

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