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Para tentar conter desaceleração, Cielo vai atrás de clientes

A Cielo anunciou nesta quinta-feira sua primeira loja física, passando a uma postura mais ativa na busca de clientes enquanto tenta aliviar os efeitos da frágil atividade econômica do país e marcar posição num mercado em que a maior concorrência começa a pressionar as margens das empresas de cartões. A loja num shopping center na capital paulista é a primeira de várias planejadas para diversas cidades do país. Outra deve ser aberta no começo de 2015 no Rio de Janeiro. Simultaneamente, a Cielo abriu 19 quiosques "sazonais". Com as unidades físicas, a Cielo quer alcançar pequenos comerciantes, lojistas e empreendedores individuais, tipo de público que já representa 85 por cento de seus novos clientes. "A gente quer vencer a inércia de parte desse público, que tem interesse em ter a maquininha, mas não o faz por iniciativa própria", disse a jornalistas o vice-presidente responsável pela área Comercial Varejo da companhia, Eduardo Chedid. No fim de setembro, a Cielo chegou a 1,54 milhão de lojas credenciadas com suas 'maquininhas', como são chamados os equipamentos para processar pagamentos feitos com cartões de crédito e de débito. O crescimento foi de 12,5 por cento em 12 meses, ainda elevado para uma economia que cresce quase zero, mas num ritmo bem inferior ao dos últimos anos. Diante da atuação de concorrentes, como as recém-chegadas Elavon e First Data, a companhia teve que fazer mais concessões a lojistas, o que resultou numa queda anual de 4 pontos percentuais na margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no terceiro trimestre. Com a perspectiva de que o atual cenário de atividade econômica fraca e competição mais forte vai se prolongar, o presidente da Cielo, Rômulo Dias, previu no mês passado um horizonte desafiador para o mercado de meios de pagamento em 2015. Nesta quinta-feira, Chedid reconheceu que esse cenário pesou na decisão da Cielo de abrir lojas físicas. "A gente agora vai ter que se esforçar mais para manter o ritmo", disse o executivo, explicando que as lojas terão como missão explorar as vendas por impulso, facilitando o acesso de profissionais como dentistas e feirantes, que poderão sair com um equipamento funcionando em menos de 30 minutos. A iniciativa vem uma semana após a Cielo ter fechado uma transação bilionária para gerir parte das operações de cartões de seu sócio Banco do Brasil em uma joint venture na qual vai aportar 8,1 bilhões de reais.

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Por Redação
Atualização:

(Por Aluísio Alves, edição de Marcela Ayres)

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