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PDG dá novos passos rumo ao pedido de recuperação judicial

Incorporadora mantém conversas com assessores financeiros para estudar viabilidade de processo

Foto do author Circe Bonatelli
Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

A incorporadora PDG Realty deu novos passos para um possível pedido de recuperação judicial. Conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Grupo Estado, com fontes familiarizadas com o assunto, os administradores da companhia estão consultando assessores financeiros para estudar a viabilidade de um processo desse tipo.

Entre os nomes cotados estão a RK Partners, o Rothschild e a Alvarez & Marsal. Procurados, PDG e Alvarez & Marsal não comentaram. O Broadcast não conseguiu entrar em contato com RK Partners e Rothschild.

A PDG Realty também já vem recolhendo a documentação para um possível pedido de recuperação judicial, conforme informaram fontes.

Construtora tem dívida de R$ 7,8 bilhões Foto: Márcio Fernandes|Estadão

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Entre a papelada, estão certidões que atestam regularidades fiscal, tributária e trabalhistas, entre outros documentos referentes a cerca de 700 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) – entidades jurídicas que respondem por cada um de seus empreendimentos e também devem ser incluídas no processo de recuperação.

As certidões têm validade que varia de 30 a 90 dias, o que indica que a tomada de decisão pela administração da incorporadora está próxima de acontecer. “A PDG tem de estar preparada. O pedido de recuperação não é uma coisa que se decida em um dia e se execute no outro”, comentou uma fonte. “Isso não significa que a empresa vá, necessariamente, entrar com o processo. Mas é um sinal amarelo”, completou.

Alternativas. A recuperação judicial pode ser a única saída para a PDG, caso ela não obtenha sucesso na liberação de financiamento bancário. A incorporadora tem uma dívida de R$ 5,4 bilhões. Em agosto, a companhia anunciou a renegociação de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 2,9 bilhões são dívidas corporativas com Bradesco, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Votorantim. Pelo acordo, os vencimentos foram empurrados para começarem em julho de 2020.

Na ocasião, a PDG anunciou também que estava finalizando um acordo de renegociação de R$ 1,1 bilhão referente a crédito tomado para produção dos imóveis no âmbito do Sistema de Financiamento da Habitação. Desde então, porém, não houve comunicação de um desfecho sobre esta fatia da dívida

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