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Portugal considera usar fundos estatais para fortalecer BES, dizem fontes

Uma fonte disse que o BES provavelmente vai precisar de 3 bilhões de euros (4 bilhões de dólares)

Por SERGIO GONCALVES
Atualização:
A queda acentuada no valor de mercado do BES tornou muito menos provável que o banco levante capital sem ajuda estatal Foto: Francisco Seco/AP

Autoridades portuguesas estão considerando o uso de fundos públicos para fortalecer o capital do Banco Espírito Santo, em complemento a dinheiro novo de investidores, disseram pessoas próximas ao processo na sexta-feira.

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Uma fonte disse que o BES provavelmente vai precisar de 3 bilhões de euros (4 bilhões de dólares) após um catastrófico prejuízo de 3,6 bilhões de euros no primeiro semestre esvaziar seus colchões de capital e reduzir seu índice de solvência abaixo do exigido pelo Banco de Portugal.

Após perdas maiores que o esperado, pode ser difícil evitar uma "solução mista" de uso de capital privado e fundos públicos para recapitalizar o maior banco listado do país, disseram duas fontes, para as quais uma solução ainda está sendo preparada.

O Banco de Portugal já havia dito que prefere uma solução de mercado, mas tem uma linha de recapitalização dos bancos disponíveis para garantir a solvência do BES.

Um porta-voz do BES não quis comentar declaração do executivo-chefe Vitor Bento na quarta-feira, de que o banco ainda levantar capital de investidores, após alguns demonstrarem interesse em tomar participações significativas no BES.

Autoridades do governo e do banco central não quiseram comentar.

Os investidores começaram a vender ações após revelações na quarta-feira de perdas maciças e potencial atividade ilegal, provocando queda de 42 por cento das ações na quinta-feira e outros 40 por cento na sexta-feira.

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A queda acentuada no valor de mercado do BES tornou muito menos provável que o banco levante capital sem ajuda estatal.

Uma terceira fonte disse que o governo português esteve em contato com o Banco Central Europeu na semana passada para tranquilizá-lo de que ainda tem acesso a 6,4 bilhões de euros para recapitalizar bancos, se preciso. O BCE assumirá a supervisão de grandes credores na zona do euro em 4 de novembro.

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