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Oi tem prejuízo de R$ 4,5 bi no 4º trimestre, perda oito vezes maior do que o esperado

No ano, o resultado negativo da operadora de telefonia chegou a R$ 5,3 bilhões

Por Mariana Sallowicz e Lucas Hirata
Atualização:
Para empresas, mudança no marco regulatório poderia ajudá-las a gastar menos com manutenção de orelhões Foto: Paulo Vitor/Estadão

SÃO PAULO E RIO- A Oi apresentou prejuízo no balanço do quarto trimestre, como era esperado por analistas, porém o montante foi quase oito vezes pior que o previsto, devido principalmente a impairment. Além disso, o resultado demonstra que a empresa está no vermelho desde que firmou a venda da PT Portugal para a Altice, no final de 2014.

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No último trimestre de 2015, a Oi registrou prejuízo líquido de R$ 4,5 bilhões, quando a média das estimativas era de R$ 575,2 milhões. Foram ouvidos pela Agência Estado Citi, Itaú BBA, JPMorgan, Morgan Stanley, Credit Suisse e Bradesco BBI.

No ano, o resultado negativo chegou a R$ 5,3 bilhões, o que representa alta de 21,4% do registrado em 2014. Em seu informe de resultados, a companhia explica que o resultado foi impactado principalmente por três ajustes contábeis (sem efeito caixa), num total de R$ 3,1 bilhões, ligados a impairment de ativos registrados no balanço. O primeiro deles é uma perda de R$ 89 milhões sobre o valor justo da participação da Oi nos investimentos controlados na África, o que impactou a linha de lucro operacional. Outro ajuste é referente ao valor justo da participação da Oi nos investimentos não controlados em África, incluindo Unitel, que impactou a linha de resultado financeiro. A perda foi de R$ 1,58 bilhão.

Além disso, houve provisões para perdas de Imposto de Renda Diferido, no montante de R$ 1,39 bilhão, para as empresas que não apresentaram expectativa de geração de lucros tributáveis futuros suficientes para compensar os créditos tributários.

O prejuízo líquido pro-forma das operações continuadas, excluindo os efeitos destes ajustes contábeis, teria sido da ordem de R$ 1,5 bilhão no quarto trimestre e de R$ 3,4 bilhões em 2015, explicado basicamente pelas despesas financeiras, cuja variação em relação ao mesmo período do ano anterior resulta da deterioração das condições dos mercados financeiros no Brasil, com impacto significativo no aumento das taxas de juros, justifica a administração da operadora.

A receita líquida total da Oi foi de R$ 6,7 bilhões nos últimos três meses do ano, redução de 8,5% na comparação anual. Em 2015, ficou em R$ 27,3 bilhões, queda de 4,2% ante 2014.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado somou R$ 1,706 bilhão no quarto trimestre de 2015, queda de 46,6% ante o quarto trimestre de 2014. Em 2015, foi de R$ 7,794 bilhões, queda de 24,8% ante 2014.

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