Wesley Batista, preso na manhã desta quarta-feira em uma operação da Polícia Federal, está no comando do grupo JBS, o maior produtor de carne do mundo, desde 2011. Antes disso, o empresário, que tem hoje 44 anos, passou uma temporada nos Estados Unidos, onde o grupo havia feito uma série de aquisições bilionárias, como as empresas Swift e Pilgrim’s Pride. Wesley foi o responsável pela integração dessas operações ao grupo brasileiro.
Segundo dos filhos de José Batista Sobrinho, o fundador do açougue que daria início ao conglomerado, Wesley sucedeu os irmãos Joesley, o caçula do clã, que após sair do comando da JBS tornou-se o presidente da holding do grupo, a J&F, e o primogênito José Batista Júnior, conhecido como Júnior Friboi, que deixou as operações da JBS.
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Wesley apareceu na lista da revista Forbes no ano passado entre as pessoas mais ricas do País - ocupava a posição 66 entre os bilionários brasileiros.
Delator, ao lado do irmão Joesley, Wesley não é alvo da nova investigação pedida por Rodrigo Janot e não tinha sua colaboração ameaçada. Mas, antes da prisão decretada nesta quarta-feira, pessoas próximas aos assessores da JBS já avaliavam que o pior cenário seria a saída forçada de Wesley do comando sem uma transição, o que causaria estrago em um setor marcado pela quebradeira de empresas.
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Wesley, além de dominar as questões operacionais da JBS, é quem tem concentrado as negociações de alongamento das dívidas com bancos - o contrato de refinanciamento foi assinado, mas a JBS ainda tem de concluir constituição de garantias - e as vendas de ativos, que estão encaminhadas
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O empresário tem a missão de liderar o fechamento da venda de negócios, necessária para garantir a sobrevivência da holding e da JBS, enquanto tenta manter-se no cargo. Sócio dos Batista na JBS, o BNDES quer sacá-lo do posto. E agora ganhou uma ajuda da Polícia Federal para fortalecer seus argumentos.