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QGEP diz que Campo de Manati deve voltar a ter declínio de produção em 2017

Atualmente, a empresa trabalha na construção de uma estação de compressão para evitar o declínio natural do campo

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Por Redação
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Um dos maiores produtores de gás do país, o campo de Manati, na Bacia do Camamu, voltará a apresentar declínio a partir de 2017, afirmou nesta quinta-feira o presidente da Queiroz Galvão Exploração e Produção <QGEP3.SA>, Lincoln Guardado. Atualmente, a empresa trabalha na construção de uma estação de compressão para evitar o declínio natural do campo, que deve entrar em operação no segundo semestre de 2015. A expectativa é de que a produção média atinja 5,8 milhões m3/dia neste ano, subindo para 6 milhões m3/dia a partir do fim de 2015, antes de declinar novamente em 2017. "A partir de 2017, nós vamos estabelecer um novo patamar de produção", disse Guardado, que participou de conferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre, divulgados na véspera. "Não vai ser mais 6 milhões, vai ser um patamar menor, que pode ser 5 milhões ou 4 milhões (de m3/dia)", explicou. A QGEP é a sócia majoritária de Manati, com 45 por cento, mas a operação é da Petrobras <PETR4.SA>, com 35 por cento.

INVESTIMENTOS

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Guardado explicou ainda que a empresa planeja investimentos de 125 milhões de dólares em 2014, dos quais 66 milhões de dólares foram investidos na primeira metade do ano.

Mais de 95 por cento do montante previsto será direcionado ao desenvolvimento do campo BS-4, na Bacia de Santos, onde estão os campos de Atlanta e Oliva, grandes apostas da empresa.

A previsão da QGEP é iniciar a produção de óleo em Atlanta em 2016. A empresa tem 30 por cento do BS-4 e tem como parceiras a Óleo e Gás <OGXP3.SA>, com 40 por cento, e a Barra Energia, com 30 por cento.

O processo de licitação de uma plataforma para Atlanta já está em andamento, com conclusão prevista para o fim do ano e entrega da unidade estimada para o fim de 2015.

Segundo o executivo, os testes realizados nos dois primeiros poços perfurados em Atlanta indicaram capacidade de produção próxima a 12 mil barris por dia por poço.

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Os dois poços estão prontos para produzir, dependendo apenas da interligação de uma plataforma, segundo o executivo. O primeiro óleo do campo de Oliva é esperado para 2021.

Em 2015, a empresa planeja investir cerca de 130 milhões de dólares. As concessões BM-S-8 e BM-CAL-12 deverão receber, cada uma, 40 por cento dos aportes previstos pela empresa.

O BM-S-8 é onde está o prospecto de Carcará. Para este ativo está programada a perfuração de um poço de extensão, que visa delimitar a área da jazida, com início no primeiro trimestre de 2015. O primeiro óleo desta área está previsto para 2018.

Para a concessão BM-CAL-12, na Bacia do Camamu, a empresa aposta na busca por petróleo. Segundo Guardado, a empresa espera receber licença do Ibama no início de 2015 para iniciar a perfuração de um poço na metade do ano.

A petroleira teve lucro líquido de 53,6 milhões de reais no segundo trimestre, avanço de 77,7 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 25,9 por cento na mesma comparação, para 126,2 milhões de reais. [nE5N0PP010]

(Por Marta Nogueira)

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