PROJETOS DA COMPANHIA
A Tractebel ainda não tem uma expectativa clara sobre como ficará o fornecimento de gás natural para a termelétrica William Arjona a partir de 2015, quando acaba o contrato em vigor com a Petrobras, mas considera que o assunto tende a ser resolvido diante da necessidade da geração termelétrica.
"A gente acha que vai, de alguma maneira, ter boa vontade das autoridades para fazer uma renovação desse contrato", disse.
A empresa também espera liberação de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o projeto de ampliação da térmica a biomassa UTE Ferrari.
A expectativa é de que o financiamento cubra entre 70 a 80 por cento dos gastos na expansão do projeto, orçado em 85 milhões de reais. A termelétrica, localizada em Pirassununga (SP), tem 65,5 megawatts (MW) de capacidade instalada e passaria a ter 80,5 MW após a ampliação.
A Tractebel também deu entrada no BNDES com a solicitação de apoio financeiro para o complexo eólico Santa Mônica, no Ceará, orçado em 460 milhões de reais e com previsão de entrar em operação em 2016. O empreendimento, composto por quatro parques, terá capacidade instalada total de 97,2 MW.
JIRAU
A participação da GDF Suez na hidrelétrica de Jirau não deverá ser transferida à Tractebel Energia antes de 2015. A Tractebel é controlada pela GDF Suez, empresa que detém 40 por cento de participação em Jirau.
Atualmente, 10 turbinas da usina estão em operação (750 MW) e, segundo a gerente de Relações com o Mercado da GDF Suez, Anamélia Medeiros, a estimativa é de que entre 20 e 24 turbinas estejam em operação até o final do ano.
O cronograma para entrada em operação de turbinas está atrasado, após tumultos ocorridos no canteiro de obras no passado. A Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pela usina, intensificou o trabalho em turnos noturnos para acelerar as obras.
Questionada sobre o valor atualizado do investimento total na hidrelétrica, Anamélia disse que a empresa optou por não divulgar mais esse dado, diante de discussões com seguradoras por recebimento de valores. O investimento no projeto era estimado em 17,4 bilhões de reais, segundo os últimos dados apresentados pela companhia com base em dezembro de 2013.
A GDF também estuda os projetos das hidrelétricas do rio Tapajós, mas ainda não decidiu se participará do leilão da hidrelétrica São Luiz do Tapajós, previsto para o final do ano.
(Por Anna Flávia Rochas, edição Alberto Alerigi Jr. e Marcela Ayres)