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Vale Inco e sindicato rompem discussões no Canadá

Por Suzi Katzumata
Atualização:

A Vale Inco, subsidiária da brasileira Vale, e o sindicato de trabalhadores do setor de siderurgia do Canadá (USW, na sigla em inglês) romperam as discussões que tinham objetivo de retomar as negociações trabalhistas e acabar com uma greve que já dura oito meses nas operações de níquel da companhia no Canadá, segundo informou o porta-voz do sindicato, Wayne Fraser. Em nota divulgada à imprensa, a Vale Inco expressou grande desapontamento com o rompimento das negociações com a USW, que representa os trabalhadores de manutenção e produção das operações da companhia em Sudbury e Port Colborne. "Estamos extremamente desapontados e frustrados", disse John Pollesel, vice-presidente e gerente-geral para as Operações Ontário da Vale Inco. "Tentamos encontrar um ponto comum. Demonstramos significativa flexibilidade am alcançarmos um novo acordo para acabar com a greve. Infelizmente, a posição do USW continua a oferecer pouca esperança para um acordo", disse. Fraser disse que ambos os lados continuam muito distantes em questões importantes, embora alguns progressos tenham sido feitos. "Fizemos alguns progressos, mas não foram suficientes... A greve vai continuar", disse. Um mediador tinha conduzido as discussões exploratórias para estabelecer as bases para a retomada das negociações. Cerca de 3,1 mil trabalhadores sindicalizados estão em greve, enquanto 1,2 mil funcionários não sindicalizados continuam trabalhando. A Vale Inco retomou parte da produção apesar da greve e planeja treinar trabalhadores que não aderiram ao movimento para ajudar à retomada de 100% da capacidade. As operações da companhia em Sudbury produziram 43 mil toneladas de níquel em 2009, volume 49% menor do que o registrado em 2008. A mina Voysey''s Bay, no leste do Canadá, produziu 40 mil toneladas em 2009, uma queda de 43% em comparação com o ano anterior. As informações são da Dow Jones.

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