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Venda da Alpargatas à Itaúsa e ao Cambuhy chega a impasse

Empresário Joesley Batista não chegou a um acordo de preço com o fundo de investimento Cambuhy e a Itaúsa

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Por Redação
Atualização:

A venda da Alpargatas – dona de marcas como Havaianas e Osklen – ao fundo Cambuhy Investimentos (da família Moreira Salles) e à Itaúsa (holding de investimentos do Itaú) chegou a um impasse no último domingo, dia de intensas negociações.

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Segundo apurou o Estado, os investidores e o empresário Joesley Batista não teriam chegado a um acordo sobre o valor do negócio, embora a proposta garantisse lucro à holding J&F em relação ao preço de R$ 2,7 bilhões que o grupo pagou pelo negócio em novembro de 2015.

A Alpargatas, que é considerada um negócio saudável e arrecada mais de 50% de sua receita no exterior, deve mudar de mãos novamente por causa de problemas de seu controlador.

Havaianas é uma das marcas da Alpargatas Foto: Sergio Neves/Estadão

Há pouco mais de um ano e meio, foi vendida à J&F pela Camargo Corrêa, que precisava arrecadar recursos para pagar os compromissos relacionados ao acordo de leniência dentro da Operação Lava Jato.

Agora, a dona da marca brasileira de maior presença no exterior foi posta à venda depois que o grupo J&F – dono da JBS – se viu no centro da crise política após Batista ter feito delação premiada e gravado conversas com o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves.

Embora o ativo tenha outros interessados, uma fonte afirmou que isso não quer dizer que o possível casamento com Cambuhy e Itaúsa esteja totalmente descartado. Segundo ela, o valor a ser pago pela Alpargatas vai superar R$ 3 bilhões, garantindo que o investimento na dona da Havaianas, que foi financiado pela Caixa, seja marginalmente lucrativo para a J&F.

Outro lado. A Itaúsa e a J&F informaram que não comentariam o assunto. O fundo Cambuhy não retornou pedido de entrevista.

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