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Volks vai investir R$ 2,6 bi em fábrica em SP, mas não pretende contratar

Aporte será feito para a produção de dois novos modelos da montadora: o novo Polo e o sedã Virtus

Por André Ítalo Rocha
Atualização:

SÃO BERNARDO DO CAMPO - A Volkswagen anunciou nesta segunda-feira, 14, investimento de R$ 2,6 bilhões em uma de suas fábricas no Brasil, a de São Bernardo do Campo. O aporte, que faz parte de plano de investimentos até 2020, busca preparar a unidade para o lançamento do novo Polo, esperado para o último trimestre de 2017, e o Virtus, sedã programado para o primeiro trimestre de 2018.

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Investimento da Volkswagen será para modernizar linhas de produção, desenvolver peças e qualificar pessoal Foto: Fabian Bimmer/Reuters

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Segundo a montadora, os recursos são destinados à modernização das linhas de produção, testes de certificação e validação dos produtos, desenvolvimento local de peças e qualificação de pessoal.

O anúncio foi feito em evento na própria fábrica, com a presença do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). 

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Apesar do aporte, o presidente da Volkswagen no Brasil, David Powels, afirmou que não tem expectativa de contratação de funcionários. Ele explicou que a empresa ainda opera com excesso de mão de obra e, por isso, ainda não há necessidade de contratar mais trabalhadores.

"Estamos com algo entre 200 e 300 funcionários em condição de lay-off (suspensão temporária de contratos)", informou o executivo. Segundo ele, a fábrica de São Bernardo do Campo só vai voltar a operar em três turnos daqui dois ou três meses. As declarações foram dadas durante evento de anúncio do investimento na fábrica, que ocorreu na própria unidade, com a presença do ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

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Sobre a nova política automotiva que vendo sendo elaborada pelo governo em parceria com o setor privado, Powels disse que acha difícil o programa ser lançado em 2 ou 3 meses, conforme prometeu o ministro no evento. De acordo com o presidente da Volkswagen, ainda existem muitas questões em aberto nas discussões para que tudo seja resolvido a tempo de um prazo do ministro ser cumprido.

O executivo também comentou a medida do governo argentino de cobrar garantias das empresas que estão violando o acordo que regula as exportações e importações de veículos com o Brasil. Ele admitiu que a Volkswagen é um das empresas que têm ultrapassado os limites do acordo e disse que faz parte da estratégia da montadora buscar o reequilíbrio nos próximos anos, antes do fim do acordo, em 2020. 

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