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Volkswagen retoma ritmo normal de produção em Taubaté

Por causa da crise,montadora havia reduzido jornada de trabalho de 2,6 mil funcionários

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A Volkswagen do Brasil vai suspender o programa de redução de jornada e salários dos trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP). A partir do próximo mês, a unidade volta a operar cinco dias por semana em razão do aumento da produção do modelo Gol, que passou a ser exclusiva daquela filial. Antes era dividida com a planta de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Powels espera expansão de 5% nas vendas em 2017 Foto: Alex Silva/Estadão

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Na vigência do Programa Seguro Emprego (PSE), iniciado em maio, cerca de 2,6 mil trabalhadores, de um total de 4 mil, não trabalhavam durante seis dias por mês, ou 25% a menos da jornada normal. Havia, portanto, semanas de trabalho de quatro dias e outras de três. O acordo inicial era manter o corte até outubro.

Os salários dos funcionários estavam reduzidos em 12,5% pois, pelo PSE, metade do corte salarial é bancado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) como incentivo à manutenção dos empregos.

Na segunda-feira, a fabricante de caminhões e ônibus MAN Latin America também retomou a semana cheia de trabalho no complexo de Resende (RJ), depois de quase três anos operando com jornada reduzida e lay-off (suspensão de contratos de trabalho). Os motivos foram o aumento das exportações e a expectativa de melhora do mercado, segundo a empresa.

A Volkswagen não divulga números de produção do Gol, mas informou que a fábrica – onde também são feitos o up! e o Voyage – “registrará aumento de produção em relação a 2016”.

De janeiro a junho foram vendidas 36,2 mil unidades do Gol, 11,5% a mais em relação a igual período de 2016. Também foram exportadas 42 mil unidades até agora, o dobro do ano passado.

O Gol é o modelo mais exportado pela Volkswagen, seguido pelo Voyage, com 14 mil unidades. O up! fica em quarto lugar nesse ranking da empresa, logo atrás da picape Saveiro, produzida no ABC.

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Menos ociosidade. O presidente da Volkswagen do Brasil e América do Sul, David Powels, também aposta na retomada das vendas. “As expectativas para o mercado como um todo estão melhores. Olhando para os resultados (do setor) em maio e junho, a expectativa para o ano de 2017 cresceu de 1 a 2 pontos porcentuais em relação à expectativa que tínhamos no início deste ano”, disse o executivo, por meio de nota.

“Esperamos que a evolução nas vendas em 2017 seja de 4% a 5% em relação a 2016. Já para 2018 esperamos um crescimento de 5% a 8% na comparação com 2017”, afirmou Powels, que espera reduzir a ociosidade das fábricas do grupo.

A unidade Anchieta, em São Bernardo, vai produzir dois novos modelos, o novo Polo, que será lançado ainda neste ano, e o Virtus, que começará a ser vendido em 2018. A fábrica também é responsável pela linha da Saveiro.

Na média, as fábricas de automóveis e comerciais leves operam com 50% de ociosidade, e as de caminhões e ônibus, com 80%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

No primeiro semestre, a produção total de veículos cresceu 23,3% ante 2016, somando 1,263 milhão de unidades. As exportações, por sua vez, aumentaram 57,2%, para 372,6 mil unidades, enquanto as vendas internas tiveram alta de apenas 3,7%, para 1,019 milhão de veículos, de acordo com a Anfavea.

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