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Volkswagen vê alta de até 4% do mercado brasileiro em 2015

A Volkswagen espera crescimento de até 4 por cento do mercado brasileiro de carros e comerciais leves em 2015, uma perspectiva um pouco mais otimista que a divulgada por rivais nesta terça-feira. A montadora alemã, que mantém cerca de 1.200 funcionários no Brasil em regime de suspensão de contrato de trabalho, avalia que no cenário otimista o mercado terá expansão em 2015 de 3 a 4 por cento, enquanto a perspectiva pessimista engloba vendas estáveis sobre este ano, disse o presidente da Volkswagen para o Brasil, Thomas Schmall, no salão do automóvel de São Paulo. Colegas de Schmall em montadoras como Fiat, Renault, Honda, Ford e GM disseram mais cedo esperar um 2015 estável sobre 2014, que caminha para o segundo ano seguido de queda nas vendas. Schmall evitou comentar números específicos da Volkswagen, mas disse que o mercado interno deve ter vendas abaixo de 3,4 milhões de veículos leves, abaixo das 3,6 milhões de 2013. O plano de Volkswagen é de investir 10 bilhões de reais no país entre 2012 e 2018. Parte dos recursos vai para modernização de fábricas e renovação de modelos da empresa, que este ano foi forçada a parar de produzir a Kombi e o Gol G4 por mudanças na legislação, que obrigou as montadoras a instalarem itens de segurança como airbags em seus carros. A montadora alemã apresentou no salão versões do Golf, incluindo de motorização híbrida, além do compacto Cross up e do veiculo conceito T ROC, utilitário esportivo compacto inspirado no Golf e que poderá reforçar a linha de SUVs da marca no país. Schmall não comentou a expectativa da Volkswagen sobre eventual aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no início de 2015, mas comentou que o governo federal precisará adotar medidas para compensar uma possível consequente queda mais acentuada das vendas, como incentivos às exportações. "O que incentiva mais rápido o mercado é financiamento é renovação de frota. Isso funcionou na Europa e nos Estados Unidos", disse o executivo, acrescentando que o estoque de veículos do setor hoje "está altíssimo". "Precisamos de ideias sobre como os bancos poderão reduzir o custo do financiamento", disse Schmall, quando perguntado sobre as medidas que poderiam ser tomadas pelo governo reeleito de Dilma Rousseff para reanimar um setor responsável por cerca de 25 por cento do PIB industrial do pais. O executivo também defendeu flexibilização da legislação sobre layoff, que permite cinco meses de suspensão de contratos de trabalho. Ele comentou que a Volkswagen ainda tem medidas de ajustes de produção que poderão ser tomadas para enfrentar os fracos meses de janeiro e fevereiro do próximo ano. "Ainda temos flexibilidade (para manutenção de empregos), mas temos que tomar cuidado para não esgotar as ferramentas antes do mercado se recuperar", afirmou.

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Por Redação
Atualização:

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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