Número de investidores no Tesouro Direto cresce quase 50% em um ano
Investidores ativos, aqueles que de fato possuem aplicações, cresceram quase 90% em 12 meses; vendas líquidas foram de R$ 884 milhões em abril
Por Luci Ribeiro (Broadcast)
Atualização:
A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira que o número total de investidores cadastrados no Tesouro Direto ao fim do mês de abril atingiu 737.756, um aumento de 48,8% nos últimos 12 meses. Já o número de investidores ativos – aqueles que efetivamente possuem aplicações – chegou a 283.877, uma variação de 89% nos últimos 12 meses. No mês passado, um total de 9.563 novos investidores ativos ingressou no programa, segundo os dados divulgados.
De acordo com o balanço, as vendas do Tesouro Direto atingiram R$ 1,388 bilhão em abril e os resgates totalizaram R$ 504,2 milhões. O total das vendas líquidas, portanto, somou aproximadamente R$ 884 milhões, abaixo do mês anterior, com R$ 1,002 bilhão.
12 coisas que você não sabe sobre o Tesouro Direto
1 / 1312 coisas que você não sabe sobre o Tesouro Direto
Novo queridinho da renda fixa
Lançado em 2002 no Brasil, o Tesouro Direto vem atraindo cada vez mais investidores. O baixo rendimento da poupança atrelado a um aumento do custo de ... Foto: DivulgaçãoMais
1 – Aplicação é feita via internet
Assim como o Brasil, alguns países como Suécia, Portugal e Grécia oferecem à população a possibilidade de investir em títulos públicos. No caso dos EU... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
2 – Taxa de corretagem pode ser zero
O investidor pode comprar e vender títulos diretamente no site do Tesouro Direto. Mesmo assim, para aplicar, obrigatoriamente ele tem de se cadastrar ... Foto: DivulgaçãoMais
3 – Mas existem outros custos
Mesmo quando a corretora tem taxa zero, o investidor tem custos. A BM&FBovespa, por exemplo, cobra a taxa de custódia de 0,3% sobre o valor dos título... Foto: Sérgio Castro/EstadãoMais
4 – Se a corretora quebrar, você não perde dinheiro
Se a corretora escolhida quebrar, o investidor não perde o dinheiro, já que os títulos ficam registrados em seu nome na Companhia Brasileira de Liquid... Foto: DivulgaçãoMais
5 – Renda fixa também pode variar
Outra possibilidade de perda de dinheiro ocorre quando o investidor vende um título prefixado ou atrelado à inflação antes do vencimento. Estes dois p... Foto: Tiago Queiroz/EstadãoMais
6 – Não é preciso muito dinheiro para investir
Ao entrar no site do Tesouro Direto, o investidor vê que o preço do título completo chega a R$ 7 mil. Mas, como é possível comprar frações desses pape... Foto: Sérgio Castro/EstadãoMais
7 – Há um limite de compra
Assim como há um mínimo, há uma quantia máxima. O Tesouro estabelece que cada brasileiro pode comprar no máximo R$ 1 milhão em títulos todos os meses. Foto: Márcio Fernandes/Estadão
8 – Fundos de renda fixa X Tesouro Direto
Pessoas que aplicam em fundos de renda fixa, na verdade, já investem em títulos públicos. O trabalho dos fundos nada mais é do que selecionar os melho... Foto: DivulgaçãoMais
9 – É possível reinvestir de forma automática
Para não perder tempo e deixar o dinheiro parado, antes de o título vencer o investidor já pode programar um reinvestimento. A operação pode ser feita... Foto: DivulgaçãoMais
10 – Os títulos mudaram
Antigamente, o Tesouro Direto oferecia um título (a NTN-C) que pagava um juro fixo mais a variação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), um ín... Foto: Márcio Fernandes/EstadãoMais
11 – Quanto maior o tempo de aplicação, menor o IR
Em todos os títulos, quanto maior o tempo de aplicação menos imposto o investidor irá pagar. Para resgates em até 180 dias, o Imposto de Renda é de 22... Foto: Sérgio Moraes/ReutersMais
12 – Tesouro Direto ultrapassou a Bolsa
O Tesouro Direto se popularizou tanto nos últimos anos que o total de investidores cadastrados na plataforma já supera o de ações. Ao todo, são mais d... Foto: AFPMais
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Os títulos mais vendidos pelos investidores foram os indexados ao IPCA (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), cuja participação nas vendas atingiu 61,8%. Os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) corresponderam a 12,0% do total e os indexados à taxa Selic (Tesouro Selic), a 26,2%.
Em relação ao prazo de emissão, 20,0% das vendas no Tesouro Direto no mês de abril foram de títulos com vencimentos acima de 10 anos. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 17,1% e as com prazo entre 1 e 5 anos, 62,9% do total.
Estoque. Sobre o estoque, em abril o Tesouro Direto alcançou um montante de R$ 30,5 bilhões, uma alta de 4,0% em relação a março (R$ 29,3 bilhões) e de 73,7% sobre abril do ano passado (R$ 17,6 bilhões). Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 61,3%. Depois, vêm os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 20,5% e os títulos prefixados, com 18,1%.
"Em relação à composição do estoque por prazo, tem-se que 5,0% dos títulos vencem em até 1 ano. A maior parte, 49,3%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos, por sua vez, correspondem a 29,0% e os com vencimento acima de 10 anos, a 16,7%", detalhou o Tesouro em nota.
O Tesouro Nacional ainda destacou que "a utilização do programa por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5.000,00, que correspondeu a 68,1% das vendas ocorridas no mês". O valor médio por operação no mês, segundo o balanço, foi de R$ 12.312,19, e foram realizadas no total 112.760 operações de venda.