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Venda de imóveis novos em São Paulo recua 28% em janeiro

Secovi diz que a redução das vendas pode indicar que persiste o pessimismo em relação à situação da economia

Por Thiago Moreno
Atualização:

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo recuaram 28% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, divulgou o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). O mercado imobiliário paulistano começou o ano com a comercialização de 737 unidades, ante 1.030 vendidas no mesmo período de 2014.

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Em relação a dezembro do ano passado, quando foram comercializadas 3.252 unidades, o estudo registrou uma queda de 77%. Segundo a entidade, no entanto, o mercado já esperava a queda porque, além do efeito sazonal do início do ano, o último mês de 2014 foi o melhor em termos de comercialização de imóveis, o que elevou muito a base de comparação.

"A redução das vendas em relação ao mesmo mês de 2014 pode indicar que persiste uma expectativa negativa quanto ao ambiente econômico", apontou, em nota, o sindicato. O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, afirma, por outro lado, que "seria precipitado concluir que as vendas este ano serão menores, tendo em vista que os esforços de marketing das vendedoras começaram em março".

Em valores, as vendas no município totalizaram R$ 385 milhões, 76% a menos do que o apresentado em dezembro e 26% abaixo do registrado em janeiro do ano passado. O resultado considera os valores atualizados pelo Índice Nacional do Custo da Construção (INCC).

Na contramão, o volume de lançamentos de empreendimento residenciais em São Paulo cresceu 32% em janeiro na comparação anual. No mês passado, as incorporadoras paulistanas lançaram 546 unidades residenciais, o que representou, por outro lado, uma queda de 88% em relação a dezembro de 2014. Com os resultados, a cidade finalizou janeiro com um estoque de 27 mil unidades, 1% menor do que o apresentado no mês anterior e 43% maior ante o mesmo período do ano passado.

De acordo com o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, as empresas devem concentrar suas estratégias de vendas neste ano nos imóveis já lançados, para equilibrar os estoques na cidade. O vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do sindicato, Emílio Kallas, estima uma queda de, pelo menos, 10% no volume de unidades lançadas em 2015.

Região Metropolitana. Nos outros 38 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, a pesquisa apontou a venda de 592 unidades em janeiro, o que representou um recuo de 74% em relação a dezembro e de 51% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A velocidade de comercialização dos imóveis em 12 meses, calculado em Vendas sobre Oferta (VSO), continua maior nas cidades do entorno do que na capital, com 54,8% ante 42,2%.

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Os estoques da região encerraram janeiro com 14,7 mil unidades em oferta. Na comparação com dezembro, o volume de imóveis estocados recuou 3%. 

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