Boa noite, encerramos a cobertura da apresentação da proposta do governo para a reforma da Previdência dos militares. Para saber as últimas, continue acompanhando o noticiário do Estado. 

Foto: Carolina Antunes/PR

“Não podemos fazer comparação entre carreiras”, afirmou Rolim. Indagado sobre o argumento que será usado nesses casos, Rolim disse que “o argumento será o mesmo, se couber nas contas”.

“As carreiras que estão sem reestruturação sempre podem pedir isso”, disse, ressaltando que o Congresso Nacional é soberano para decidir

(Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes)

O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, afirmou que não se pode fazer comparações entre as Forças Armadas e as demais categorias de servidores ou trabalhadores da iniciativa privada, quando questionado sobre a posição da equipe econômica de que não há espaço para reajustes em salários de funcionários públicos nem para garantir o reajuste real do salário mínimo a partir de 2020

(Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes) 

Nascimento afirmou ainda que o governo deveria ter debatido a proposta com os parlamentares antes de concluí-la para poder saber qual era o sentimento do Congresso em relação à proposta e para privilegiar os deputados que terão que votá-la e, como quer o governo, aprová-la. A falta de uma comunicação prévia foi vista mais uma vez como um erro da articulação do governo

(Mariana Haubert e Renato Onofre) 

Um deputado influente nas negociações da Câmara classificou o projeto como indefensável. O líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), afirmou que a reestruturação da carreira dos militares pode abrir caminho para que categorias civis pressionem por mudanças também

(Mariana Haubert e Renato Onofre)

De acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, a tendência é que o texto seja desidratado durante a sua análise na Câmara dos Deputados, restando, no máximo, a parte da reforma no sistema de Previdência dos militares. O projeto prevê uma economia de R$ 10,45 bilhões em dez anos. Em 20 anos, o impacto estimado é de R$ 33,65 bilhões

(Mariana Haubert e Renato Onofre)

O projeto de lei entregue nesta quarta-feira, 20, pelo governo ao Congresso que trata da reestruturação das carreiras das Forças Armadas e da previdência dos militares não foi bem recebido pelos deputados. A frustração com a baixa economia desta parte da reforma e a inclusão no texto da revisão sobre as carreiras deixou parlamentares irritados

(Mariana Haubert e Renato Onofre)

"Os dois pilares das Forças Armadas, que são a hierarquia e a disciplina, serão perdidos", afirmou o contra-almirante Nogueira, que disse que no fim de semana foram espalhadas fake news sobre o projeto de reestruturação de carreira dos militares. "O nosso projeto é autossustentável."

"Esse plano só interessa aos militares, não interessa à imprensa, não interessa a ninguém", afirmou o diretor de finanças da Marinha, contra-almirante Hugo Nogueira.

Questionado sobre como o governo reagiria caso servidores reivindicassem reajuste salarial, Rolim afirmou que o argumento será o mesmo já utilizado, que é "se couber nas contas".

A proposta de reforma dos militares prevê aumento salarial para cabos, soldados e cadetes, postos que estão na base das carreiras das Forças Armadas, admitiu o assessor especial do Ministério da Defesa, general Eduardo Garrido. Nos últimos dias, diversos integrantes do governo asseguraram que não haveria aumento dos soldos dos militares.

Garrido justificou que o reajuste é necessário porque essas classes de militares não recolhiam contribuição previdenciária e passarão a pagar a alíquota de 10,5%. Esse recolhimento levaria o salário líquido dessas categorias da base a ficar abaixo do salário mínimo.

(Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, O Estado de S. Paulo, de Brasília)

"O impacto geral na folha de pessoal é de 5%", afirmou o general Garrido. Hoje, segundo ele, a folha custa R$ 81,3 bilhões por ano.

"Em relação às Forças Armadas, o impacto é de R$ 97 bilhões", justificou o secretário Leonardo Rolim.

O secretário Leonardo Rolim negou que o novo plano de reestruturação das Forças Armadas vá provocar um déficit nas contas do governo federal.

Uma ferramenta criada pelo Estado, em parceria com a Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, permite que você calcule o tempo necessário para se aposentar recebendo o benefício integral, caso a reforma da Previdência seja aprovada. A calculadora compara a regra vigente ao projeto apresentado pelo governo federal.

Foto: Arte/Estadão