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Google adiciona tecnologia a anúncios clássicos dos EUA

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Por Fernando Scheller
Atualização:

O projeto Rebrief, do Google, já rendeu frutos ao buscador: ao "reimaginar" uma campanha da Coca-Cola para a era digital, a empresa levou o Grand Prix na categoria Mobile do Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade de 2012. O comercial "Hilltop", dos anos 70, consistia em pessoas de várias etnias cantando uma música edificante, que promovia a união entre os povos. O slogan da campanha era: "Compre uma Coca-Cola para o mundo".

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Na versão 2012 do comercial, foram instaladas máquinas especiais de Coca-Cola em várias partes do mundo. E o ato de comprar um refrigerante para alguém que mora em outra parte do planeta se tornou real. Usando o celular, uma pessoa podia dar uma Coca-Cola de presente. O refrigerante caía na máquina real instalada em uma outra capital e um outro consumidor ganhava a bebida de graça.

O Google está levando esse conceito para outras campanhas. Ontem, durante o evento da empresa no Cannes Lions, o Google reuniu gigantes da publicidade clássica americana, muitos aposentados há mais de dez anos, para reimaginar campanhas de empresas como a montadora Volvo e a locadora de veículos Avis. Os criadores originais das campanhas, hoje com pelo menos 70 anos de idade, se reuniram com equipes jovens para atualizar para o mundo de hoje uma ideia clássica do passado.

Criadora da campanha da Avis de 1962, cujo argumento era "Nós Fazemos Melhor", Paula Green ajudou na concepção da nova versão. O que antes era um filme (ainda em preto e branco) para a televisão virou uma série de histórias de consumidores contadas em tempo real. Agora, para falar porque a Avis faz melhor, basta o cliente contar uma pequena história de até 140 caracteres. Em cerca de 30 segundos, esse "conto" vai virar um filme animado com começo, meio e fim, que o cliente poderá assistir imediatamente.

Paula foi aplaudida de pé, 50 anos após conceber o comercial original, ao deixar um recado para a nova geração de publicitários: "Certifiquem-se que as mensagens sejam humanas."

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