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Um olhar brasileiro sobre os desafios de hoje no dia a dia Europa

Irlanda resgatada tem preços altos como os de Londres

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Por karlamendes
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  Londres foi a cidade mais cara que visitei na Europa. Além de a libra ser uma moeda mais forte que o euro, os preços de alimentação, transporte e moradia na capital inglesa são bem mais altos que em outros países do continente europeu.   Acostumada com os preços da Espanha, levei um susto quando soube quanto uma amiga que morava em Londres gastava com aluguel. Para ter uma ideia, o valor pago por ela referente à terça parte do aluguel do apartamento onde ela morava com outras duas colegas correspondia ao que eu e minhas duas "roomates" pagávamos por todo o imóvel em Madri.   Fiquei um mês percorrendo o Reino Unido, arcando com o "peso" das libras e pensei que quando chegasse à Irlanda ia ter um alívio. Engano meu. Apesar de a moeda adotada no país ser o euro, mais "barato" que a libra, minhas despesas em Dublin ficaram no mesmo nível das de Londres.   Passei duas noites lá e o que gastei com hospedagem e alimentação foi equiparável ao gasto na capital inglesa. Pensei que, por ter sido resgatada (salva de ser obrigada a dar o calote de sua dívida externa ao receber empréstimos de emergência do FMI e das autoridades monetárias da Zona do Euro), os preços na Irlanda estariam mais acessíveis, nos mesmos patamares de outros países que amargam com a crise, como Espanha, Itália e Grécia. Mas não.   As pessoas com quem conversei que estiveram na Grécia antes de ela ser incluída na Zona do Euro, me disseram que era um país muito mais barato que agora. Mas os preços lá não chegam aos da Irlanda. Isso falando de maneira geral, sem considerar os hotéis e restaurantes caríssimos em ilhas, como Santorini, por exemplo.   Essas pessoas também fizeram um paralelo com a Croácia, que dizem ser um país muito barato para nós brasileiros. E me advertiram: "aproveite para ir lá enquanto o país ainda não aderiu ao euro. Porque depois vai encarecer tudo".   O porquê dessa relação entre a adesão ao euro e o aumento do custo de vida nos países resgatados, confesso que não ficou clara para mim.

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