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Tecnologia para criadores de rãs

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Por Redação
Atualização:

Tirando a região da coxa - considerada a parte nobre da rã - praticamente todo o resto é descartado. Ou era. Semana que vem, pesquisadores, criadores e demais interessados na criação de rãs vão se reunir na sede da Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio, para conhecer uma nova tecnologia desenvolvida na unidade. A novidade é o aproveitamento da carne do dorso da rã, que até então era desprezada e ia para o lixo.

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Foram três anos de trabalho, conduzido pela pesquisadora Ângela Furtado, incluindo todos os testes sensoriais e de qualidade, e o resultado foi o desenvolvimento de três produtos preparados à base da carne de dorso: um patê, um tipo de salsicha e uma conserva de carne desfiada. Essa tecnologia, se realmente for adotada nos ranários, só trará benefícios: agregará valor à produção, evitará o desperdício e o descarte de resíduos no ambiente e ainda aumentará a gama de produtos à base de carne de rã, o que pode ajudar a popularizar o consumo. Por enquanto, a carne de rã não pode ser considerada exatamente popular, com o quilo custando entre R$ 35 e R$ 45.

O pesquisador André Yves Cribb explica que o dorso da rã tem muito osso e cartilagem e que, portanto, retirar a carne desta região é trabalhoso. Aí o criador acaba só aproveitando a carne da coxa, tida como a "parte nobre" da rã. "Mas com a possibilidade de fazer patê, salsicha ou a conserva e vender essa produção, o criador fica animado pois sabe que pode lucrar mais com a atividade", aposta.

O estudo da viabilidade econômica da tecnologia, já que o criador tem de instalar uma agroindústria na propriedade para processar a carne, está sendo concluído pela Embrapa.

O evento ocorre dias 21 e 22 de setembro, a partir das 9 horas, na sede da Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio. Tel. (21) 3622-9733 ou sac@ctaa.embrapa.br.

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