Foto do(a) blog

De Wall Street

Bolsas mundiais perdem US$ 3,5 tri no trimestre

Economistas do Instituto Internacional de Finanças (IIF) avaliam que quarto trimestre pode não ser muito melhor, em meio a várias previsões "sombrias" para a economia mundial

PUBLICIDADE

Por ALTAMIRO JUNIOR
Atualização:

NOVA YORK - As bolsas mundiais perderam US$ 3,5 trilhões em valor de mercado no terceiro trimestre e as perspectivas para a reta final de 2015 não parecem ser muito animadoras, em meio a várias previsões "sombrias" para a economia mundial, avalia o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos maiores bancos do mundo.

PUBLICIDADE

Para os economistas do IIF o ambiente econômico e os últimos indicadores de países importantes não apontam para um quatro trimestre capaz de reverter o sentimento dos agentes no mercado financeiro. "O cenário é difícil para a melhora do humor em meio a várias previsões sombrias", afirma o relatório da instituição, destacando novas análises do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do próprio IIF divulgadas nos últimos dias alertando para os riscos de piora da atividade mundial. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou na quinta-feira, 01, que a economia mundial deve crescer menos em 2015 do que em 2014 e no ano que vem deve ter recuperação apenas "modesta", em meio à desaceleração da China e preocupações com o forte aumento do endividamento das empresas nos emergentes.

Dados de quinta-feira da indústria dos EUA e da China, além do relatório fraco de emprego de setembro divulgado nesta sexta-feira, não ajudaram a melhorar o humor dos investidores, destaca o IIF. Em setembro, foram criadas 142 mil vagas nos EUA, enquanto se esperavam 200 mil. Ontem, o índice de atividade (ISM) industrial dos EUA caiu para 50,2, pior que o esperando e se aproximando do nível que, pela metodologia, indica contração da atividade. Na China, os indicadores seguem abaixo desse patamar.

O relatório do IIF também menciona preocupações com as dívidas em dólar dos emergentes. O IIF calcula que além dos passivos gerais terem aumentado, a parcela da dívida na moeda norte-americana cresceu. Em 2008, 12% do total das dívidas era em divisas estrangeiras, porcentual que passou para 16% no primeiro trimestre de 2015 e agora se aproxima dos 18%, considerando os passivos de companhias não financeiras dos países emergentes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.